“As pessoas não conseguiam entender porque a generosidade do mundo não está chegando para elas. É realmente difícil de compreender. " repórter da CNN
O embaixador Alejandro Wolff, representante permanente dos EUA junto à ONU, no Haiti, reclamou que governos da Nicarágua, Bolívia e Venezuela estão acusando Washington de explorar a tragédia no Haiti para impor uma ocupação militar do país. Ele acusou os governos dos três países latino-americanos de tentativa "de politizar a questão com afirmações tendenciosas e distorcidas" como a "ridiculamente alegada conspiração e ocupação".
Para justificar a ocupação, os Estados Unidos impõem uma “punição coletiva” aos haitianos. Assim provoca raiva e protestos que, de fato, estão crescendo devido a militarização dos E.U. Ajuda humanitária e equipes médicas têm acusado os militares dos E.U. que controlam o aeroporto de Porto-Prí ncipe e as instalações portuárias , de priorizar o desembarque de tropas, relegando ao segundo plano a entrega dos suprimentos médicos e equipamentos desesperadamente necessários . Agências de assistência médica têm advertido que dezenas de milhares de pessoas estão morrendo devido aos ferimentos sofridos durante o terremoto, devido à falta de insumos básicos e medicamentos.
"Grande quantidade de medicamentos e outros suprimentos de emergência estão estocados nas pistas e nos armazéns no aeroporto de Porto-Príncipe , mas ninguém está distribuindo", noticiou CNN nesta quinta-feira (21/01). Segundo a CNN, a rede de correspondentes médicos , Sanjay Gupta, visitou o armazém e conversou com policiais militares no comando das operações naquele local. Os militares "deram ao Gupta um saco de lixo cheio de material para levar para um hospital, mas não podiam explicar por que parecia não haver nenhum sistema organizado para a distribuição", disse o repórter.
Phillippe Bolopion, correspondente da TV France24, relatou de um acampamento improvisado das vítimas do sismo fora do aeroporto: "Você acha que essas pessoas estão sendo socorridas, mas eles não estão. Há quatro banheiros para 3.500 pessoas, que foram fechados, obviamente. Eles não têm comida, e dispõem de pouquíssima água . A única organização internacional presente foi a Cruz Vermelha Espanhola. As pessoas não conseguiam entender por que a generosidade do mundo não está chegando para eles. É realmente difícil de compreender. "
Da mesma forma, Fran Sevilla, correspondente da Radio Televisión Española (RTVE), relatou: "Continua a haver distribuição de ajuda humanitária, de alimentos e água. Mas quando pergunto se alguém está prestando assistência eles; se eles estão recebendo alguma coisa. A a resposta é sempre não. Elas sobrevivem graças à solidariedade entre eles, a partilha entre famílias e grupos de amigos, o pouco que tem, o pouco que eles podem conseguir. "
Insatisfeitos com as notícias apresentadas nos meios de comunicação estrangeiros, os militares E.U. expulsaram os correspondentes do aeroporto na quinta-feira, obrigando-os a lutarem para encontrar um lugar onde ficar na destruída capital haitiano. Enquanto isso, o ONU informou, hoje, que cerca de 700.000 pessoas em Porto- Príncipe estão desabrigadas e muitos vivem em cerca de 500 acampamentos em parques e terrenos baldios, com pouco mais de folhas para se protegerem do sol. Representantes da ONU em conjunto com os trabalhadores de ajuda humanitária visitaram 350 desses campos na quinta-feira, relatando que apenas seis deles tinham acesso à água potável.. As autoridades de saúde alertam que as doenças infecciosas podem se espalhar por estes acampamentos. A chuva, que é esperada na próxima semana, poderá inundar estes campos, criando condições ideais para a propagação da dengue, do tifo e da malária.
O governo haitiano de René Préval, fantoche de Washington, propôs a remoção de 400.000 pessoas desabrigadas de Porto-Príncipe e que 100.000 deles fossem realocados para os campos perto da cidade de Croix-des-Bouguets, ao norte da capital, onde não existem campos, sendo que para a transferência o governo fantasma providenciou apenas 34 carros para transportar essa massa de pessoas
Em outra indicação da criminosa operação de socorro, a ONU e as autoridades E.U. anunciaram que as tentativas para resgatar aqueles que estão presos sob os escombros dos edifícios em Porto Príncipe chegaram ao fim, com o argumento de que não havia mais probabilidade de sobreviventes. Os resgates começaram a ser encerrados quando pessoas ainda estavam sendo retiradas com vida das ruínas de edifícios nesta quinta-feira ( 21/01).
Pode-se prever que após este fim de vida dramático para centenas de milhares de pessoas, as corporações da mídia vendida também começarão seu êxodo do Haiti, reduzindo a cobertura da tragédia contínua do povo haitiano e das muitas outras mortes que ainda estão para vir. É provável que ignorem as atividades militares dos E.U. e seus auxiliares da Força da Paz e da força policial haitiano, comprometidas com a repressão dos tumultos populares. Há indícios de que isso já começou. Policial haitiano matou a tiros um jovem de 20 anos, o carpinteiro, Gentile Cherie, na quarta-feira (20/01), depois que ele foi visto carregando sacos de arroz. Outro homem que estava com ele foi i seriamente ferido. Ambos foram baleados nas costas. A polícia alegou que os homens roubaram um saco de arroz, mas o homem ferido disse que um motorista de caminhão tinha dado os sacos para eles. Moradores e lojistas disseram que o homem não era um ladrão. A CNN informou que a polícia haitiana não fez nenhum alerta, foi logo atirando. Enquanto isso, uma equipe de televisão cubana filmou cenas de tropas da ONU atirando com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo na multidão de haitianos que ocuparam o aeroporto em busca de alimento e trabalho.
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Israel tenta tirar proveito da tragédia do Haiti
Ao sentir o cheiro da morte em massa em um país empobrecido ou de um golpe contra governos que não agradam Washington, lá está Israel para tirar proveito . Primeiro deu sustentação ao golpe militar em Honduras com fornecimento de equipamentos para minar a resistência dentro da embaixada do Brasil, onde estavam o presidente deposto, Zelaia e seus apoiadores. Agora, no Haiti, o cão de ataque do imperialismo quer lucrar com a morte, além de sustentar a ocupação militar ianque. Segundo o líder aiatolá Ahmad Khatami (Teerâ), os relatos sobre o Haiti indicam que o regime sionista intensificou sua presença no Haiti, sob o pretexto de doação de ajuda, para contrabandear órgãos do corpo como fez com os palestinos. A total impunidade permite que Israel coloque em prática suas experiências realizadas na Palestina. Seja ensinando aos comandantes da NATO como matar civis no Afeganistão e justificar os assassinatos como efeitos colaterais ou fazendo tráfico de órgãos no Haiti, este estado psicopata não demonstra qualquer compaixão pela dor dos outros.
Ao sentir o cheiro da morte em massa em um país empobrecido ou de um golpe contra governos que não agradam Washington, lá está Israel para tirar proveito . Primeiro deu sustentação ao golpe militar em Honduras com fornecimento de equipamentos para minar a resistência dentro da embaixada do Brasil, onde estavam o presidente deposto, Zelaia e seus apoiadores. Agora, no Haiti, o cão de ataque do imperialismo quer lucrar com a morte, além de sustentar a ocupação militar ianque. Segundo o líder aiatolá Ahmad Khatami (Teerâ), os relatos sobre o Haiti indicam que o regime sionista intensificou sua presença no Haiti, sob o pretexto de doação de ajuda, para contrabandear órgãos do corpo como fez com os palestinos. A total impunidade permite que Israel coloque em prática suas experiências realizadas na Palestina. Seja ensinando aos comandantes da NATO como matar civis no Afeganistão e justificar os assassinatos como efeitos colaterais ou fazendo tráfico de órgãos no Haiti, este estado psicopata não demonstra qualquer compaixão pela dor dos outros.
Beth Monteiro