quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A MARCHA DA LONGA MILHA PELA LIBERDADE



Marcha internacional de solidariedade para romper o cerco de Gaza
Está em organização uma marcha internacional de apoio ao povo palestino cercado na faixa de Gaza.


Acontecerá no dia 1º de Janeiro de 2010

A iniciativa pauta-se pelos seguintes princípios orientadores:
Coligação Internacional pelo Fim do Cerco Ilegal a Gaza

Declaração de Princípios e Objetivos

A Anistia Internacional referiu-se ao bloqueio a Gaza como "forma de punição coletiva a toda a população de Gaza, uma flagrante violação por Israel das obrigações definidas na Quarta Convenção de Genebra".
O Observatório dos Direitos Humanos descreveu o bloqueio a Gaza como uma "grave violação do Direito Internacional".
Jimmy Carter, antigo presidente dos Estados Unidos, declarou que os habitantes de Gaza têm sido tratados como "animais" e apelou ao "fim do cerco de Gaza" que priva "um milhão e meio de pessoas dos meios necessários à vida".
Sara Roy, da Universidade de Harvard, reconhecida internacionalmente pelo seu trabalho sobre Gaza, afirmou que a consequência do cerco "é sem dúvida um sofrimento em massa, criado em larga medida por Israel, mas com a cumplicidade ativa da comunidade internacional, especialmente dos Estados Unidos e da União Europeia."
A lei é clara. A realidade choca a consciência da humanidade.
E, apesar disso, o cerco de Gaza continua.
O povo de Gaza exortou a comunidade internacional a agir para além da mera condenação.
É tempo para a ação!

A Marcha da Longa Milha pela Liberdade
Como forma de assinalar o aniversário do assalto sangrento de 22 dias a Gaza por Israel, a Coligação pelo Fim do Cerco Ilegal a Gaza enviará a Gaza milhares de pessoas de todo o mundo.
A 1º de Janeiro de 2010, marcharemos ao longo da milha em redor do checkpoint de Erez com o povo de Gaza, numa manifestação não violenta que romperá o bloqueio ilegal.
A marcha é inspirada pelas décadas de resistência não violenta dos palestinos, desde o levantamento popular de massas da primeira Intifada à dos habitantes da Margem Ocidental que continuam a resistir às tentativas de anexação por parte de Israel.
Ela inspira-se nos voluntários internacionais que têm vindo a acompanhar os agricultores palestinos nas suas colheitas, nas tripulações dos barcos que desafiaram por mar o bloqueio a Gaza e nos condutores dos caminhões que transportaram ajuda humanitária a Gaza.
Inspira-se ainda em Mahatma Gandhi, que designou o seu movimento de resistência não violenta satyagraha – a firmeza da verdade. Mantemo-nos firmes na verdade de que o cerco perpetrado por Israel a Gaza é ilegal e desumano.
Gandhi defendia que a não-violência, aimsha, exige mais coragem e é mais eficaz do que a violência. Queremos, através da nossa ação, demonstrar a razão do pensamento de Gandhi.

Nada tememos, não voltaremos atrás, não deixaremos Gaza morrer.
Gandhi disse que o propósito da ação não-violenta é "acelerar" a consciência da humanidade. Queremos fazer com que a humanidade não só condene a violência israelita como, acima de tudo, se mobilize para ativamente acabar com ela.

Aqueles de nós que residem nos Estados Unidos inspiram-se, também, no Movimento dos Direitos Civis.
Se Israel desvaloriza as vidas palestinas, é nosso dever – tal como foi dos brancos do Norte que foram até ao Sul durante o Verão da Liberdade de 1964 – interpor os nossos corpos para defender os palestins da brutalidade israelita e testemunhar a desumanidade com que são diariamente confrontados.
Se Israel desafia o Direito Internacional, é nosso dever – da mesma forma que foram enviados agentes federais para assegurar a aplicação da lei contra os xerifes racistas do Sul – enviar agentes não violentos de todo o mundo a Gaza para garantir o cumprimento das leis da Comunidade Internacional.
Não tomamos partido na política interna palestina. Colocamo-nos, tão só, ao lado do Direito Internacional e da dignidade humana.
Concebemos esta marcha como mais um elo da longa cadeia de resistência não violenta ao flagrante desrespeito de Israel pelo Direito Internacional.
O cerco é ilegal.
O muro é ilegal.
Os colonatos e demolições de casas são ilegais.
As barricadas e o recolher obrigatório são ilegais.
Os bloqueios de estradas e checkpoints são ilegais.
As detenções e a tortura são ilegais.

Se o direito internacional fosse cumprido, a ocupação seria na verdade insustentável.
O sucesso da marcha depende da nossa capacidade de despertar a consciência da humanidade.
Se nos juntarmos em massa ao povo de Gaza nesta marcha pela liberdade e se milhões de pessoas além de nós assistirem, por todo o mundo, à marcha pela internet e pela televisão, podemos pôr fim ao cerco sem que uma única gota de sangue seja derramada.

Se o mundo inteiro estiver a testemunhar, Israel não nos poderá deter.
Por favor, juntem-se a nós.
A Marcha pela Liberdade de Gaza é dedicada à memória do Dr. Haidar Abdel-Shafi e ao futuro das crianças da Palestina.

Há informação disponível sobre este evento em:
- http://www.gazafreedommarch.org/article.php?list=type&type=416
- http://www.facebook.com/group.php?gid=123968613845.
Sexta-feira, Agosto 21, 2009

domingo, 13 de setembro de 2009

NORUEGA ROMPE COM EMPRESA QUE PARTICIPA DA CONSTRUÇÃO DO MURO DO APARTHEID



No início deste mês, o governo norueguês anunciou a retirada de todos os seus investimentos da Elbit Systems, que fabrica o sistema de vigilância instalado em várias partes do muro de separação na Cisjordânia. O ministro das Finanças da Noruega, Kristin Halvorsen, disse que a decisão foi baseada na recomendação do Conselho de Ética de seu ministério. "Nós não pretendemos financiar empresas que contribuem diretamente para a violações do direito internacional . Halvorsen, segundo o jornal israelense Haaretz,explicou que a barreira de separação afeta a liberdade de circulação dos residentes da Margem Ocidental.
Lamentavelmete, o mesmo Conselho de Ética do Ministério das Finanças Norueguês, que recomendou a retirada dos investimentos do seu fundo de pensão da Elbit, se calou sobre seus investimentos na empresa norteamericana Caterpillar. Ele justifica assim sua incoerência: a Elbit desenvolveu um equipamento usado especificamente na construção da barreira de separação, enquanto os equipamentos vendidos pela Caterpillar para a Defesa de Israel tem usos legítimos, bem como e a empresa não deve ser responsabilizado por ele ser empregado em outro, possivelmente forma ilegal (isto é, a destruição das casas palestinianas).
Resta torcer para que a forte mobilização do povo norueguês continue a pressionar o seu governo , deixando claro que não é obrigada a ser cúmplice de crimes contra a humanidade.

Beth Monteiro
Fontes das matérias de hoje ( 14/09/09)
A Intifada Eletrônica
Jornal Haaretz
G1

A CABALA DA DECADÊNCIA





Segundo a mídia, os palestinos lamentaram o fato de Madona se apresentar em Israel e não na Palestina. É óbvio que os palestinos não fazem questão de assistir Madonna com suas musiquinhas chatas e seu rebolado repetitivo. O que criticam é o fato de artistas conhecidos romperem com o boicote cultural contra Israel. A mesma coisa acontece em relação à Mercedes Soza, a Paul McCartney entre outros que tentam se recuperar da decadência se vendendo ao Sionismo.
Na época do boicote à África do Sul do apartheid, os artistas que se arriscavam a fazer show naquele país, ganhavam seu cachê e depois viam suas carreiras se desmoronarem. Não conseguiam mais vender discos. Agora é diferente. Nem Madona, nem outros “pop stars” vendem mais discos. Vivem de tournées patrocinadas por grandes bancos e multinacionais. Não se importam em ser desprezados pelo público e abandonados pelos fãs porque a grana (que é o que de fato interessa a esses astros em fim de carreira) jorram para seus bolsos.
Na falta de alternativa para ganhar dinheiro suficiente para manter suas vidas de milionários, eles viram garotos e garotas ( nem tão garotos e garotas assim) propaganda para o sionismo. Se fosse Hitler que estivessem pagando, iriam também.

Boicote ao Festival de Cinema em Toronto

Jane Fonda, Danny Glover e Eve Ensler se juntaram à lista crescente de artistas que boicotaram o festival de cinema de Toronto sobre um programa em homenagem 100 º aniversário de Tel Aviv. Os três juntaram o seu nome a uma carta destinada a funcionários do festival, alegando que Tel Aviv foi construído sobre a violência, ignorando o "sofrimento de milhares de ex-moradores e descendentes". A Crítica da cultura Naomi Klein e o diretor John Greyson estão entre aqueles que já haviam anunciado seu protesto contra a homenagem a Tel Aviv
Duas vezes vencedor do Oscar rabino Marvin Hier, fundador do Centro Simon Wiesenthal, criticou o chamado ao boicote, classificando-o como "um ataque ao coração e a alma de Israel.Ao pôr em causa a legitimidade de Tel Aviv, estão a apoiar uma solução de um Estado, o que significa a destruição do Estado de Israel.

ISRAEL TEME QUE O POVO JUDEU DESAPAREÇA E LANÇA A GUERRA DEMOGRÁFICA



O governo israelense lançou uma campanha de televisão e publicidade na Internet pedindo israelenses para informar sobre amigos judeus e parentes no exterior que pode estar em perigo de se casar com não-judeus. As propagandas, empregando o que a imprensa israelense descreveu como "Scare Tactics" ou tática do susto, destinam-se a deter a assimilação através de casamentos entre jovens judeus da Diáspora, incentivando a sua ida para Israel.
A campanha, que custou US $ 800.000, é apenas uma das várias iniciativas pelo Estado de Israel e organizações privadas, para tentar aumentar o tamanho da população judia de Israel. De acordo com anúncio publicado na imprensa de Israel, a assimilação é "uma ameaça estratégica nacional. Mais de 50 por cento dos jovens da diáspora foram assimilados e estão perdidos para nós."
Adam Keller, membro do Gush Shalom, um grupo pacifista israelense, disse que esta era uma referência tanto a um temor geral em Israel de que o povo judeu possa um dia desaparecer através de assimilação como de uma preocupação mais específica: "se quiser sobreviver, Israel deve recrutar mais judeus para sua guerra demográfica contra os palestinos".
A questão da assimilação veio à luz depois de uma série de pesquisas de vários anos realizados pelo Policy Planning Institute, um think-tank com sede em Jerusalém. O declínio da população judaica, em outros países, é atribuído tanto às taxas de natalidade como por casamentos generalizados. Segundo o instituto, cerca de metade de todos os judeus na Europa Ocidental e dos Estados Unidos foram assimilados pelo casamento, enquanto a figura do ex-judeus chega a 80 por cento.
Essa é uma questão tão apavorante para Israel que o ex-primeiro-ministro Ariel Sharon ultrapassou todos os limites do bom-senso quando, em 2004, durante uma visita à França, pediu aos judeus franceses para irem para Israel porque a França estava experimentando "a propagação do anti-semitismo selvagem". Sharon queria que um milhão de judeus imigrassem para combater a ameaça demográfica em Israel devido ao rápido crescimento da população palestina em Israel e nos territórios ocupados.

***

O ex-presidente norteamericano, Jimmi Carter, em sua recente visita aos territórios ocupados da Cisjordânia e Faixa de Gaza, disse que os não-judeus eram já uma ligeira maioria da população total da área da Palestina Histórica e que dentro de poucos anos, os árabes seriam a maioria clara" e que por isso uma solução de um estado seria "uma alternativa mais provável para o desastre atual."