domingo, 5 de dezembro de 2010

WIKILEAKS:ATAQUE CIBERNÉTICO DE ISRAEL/WASHINGTON



A “Operação Wikileaks” prepara o controle ideológico dos portais progressistas.

Os serviços secretos de Israel e da CIA obtiveram uma grande vitória em sua guerra cibernética. Depois de estropiar as centrífugas do programa nuclear iranianiano (Natanz) usando um software maligno (Stuxnet), conseguiram utilizar a Wikileaks e Julian Assange como vetores de uma agressão cibernética em grande escala, contra seus “inimigos”. O método é usual na guerra no ciberespaço: mesclar documentos verdadeiros, mas triviais, com falsificações que servem como mísseis teleguiados contra os verdadeiros alvos.

A autoria dessa agressão cibernética se aclara com este axioma da criminalidade: quem se beneficia com o crime? O padrão dos documentos proporciona a resposta: Israel, Washington e o imperialismo ocidental em geral, incluindo seus satélites mercantil-feudais árabes. Prejudica grosseiramente, com suas mentiras, uma série de alvos particulares: Irã, que supostamente seria odiado pelo mundo árabe; China, que presumivelmente aceita o futuro domínio estadunidense sobre a Corea do Norte; Brasil, que aceita o futuro domínio estadunidense, cujo Ministro de Defesa Nelson Jobim seria informante de Washington; Bolívia, cujo presidente, Evo Morales, teria um grande tumor na cabeça e a Venezuela bolivariana que seria refúgio do ETA, das FARCs como Cuba.

Além disso , a “Operação Wikileaks” prepara o controle ideológico sobre a internet e aos portais progressistas. Um mundo fundamentalmente antidemocrático, porque o mundo capitalista atual não pode permitir o livre fluxo de informações e debates na internet. Declarar Wikileaks uma organização terrorista, matar ou encarcerar Assange, como tem solicitado importantes setores da classe política estadunidense, seria um grande passo adiante na Gleichschaltung hitleriana (uniformização mental) que os amos do sistema requerem ante à crise do sistema capitalista mundial. Outros portais, como www.kaosenlared.net y www.aporrea.org, apareceriam logo na lista negra por apologia ao terrorismo e antissemintismo.

A autoria do delito cibernético de Israel/ EUA não só se revela ante ao princípio cui bono do Direito Romano, mas também ante a absurda pretensão logística de que um jovem soldado homossexual, Bradley Manning*, da 10a Divisão de Montanha dos Estados Unidos, estacionado em uma remota base militar em Iraque (FOB Hammer), pode selecionar, copiar e reenviar 260.000 documentos classificados (!!!). Se Manning pudesse fazer isto, deixaria Bill Gates como um mero aprendiz de computação.

A obstrução das centrífugas nucleares do Irã em 2010, em Natanz, seguiu o exemplo de uma exitosa operação da CIA contra o gasoduto da ex- União Soviética nos anos 80, levada a cabo sob às ordens de William Casey. Quando a CIA soube que Moscou iria comprar e piratear um sofisticado softwere canadense para as bombas, turbinas e válvulas de um novo gasoduto na Sibéria, não bloqueou sua venda, senão introduziu ,em conluio com a empresa canadense, uma bomba inteligente, um malware (Trojan Horse) no softwere que alterava os parâmetros de velocidade e pressão do sistema, fazendo-o explodir em 1981.

A operação contra o centro nuclear iraniano de Natanz segue este mesmo modelo. Os serviços ocidentais se infiltraram nas redes de compra do Irã para um novo reator e introduziram um novo softwere nas centrífugas o vírus “Stuxnet”, desenvolvido às claras pela inteligência militar israelense. Como o “Cavalo de Troia” de 1982, o Stuxnet fez flutuar a velocidade e pressões das centrífugas que, atuando em cadeia, se destroem. Calcula-se que a capacidade operativa das centrífugas de Natanz se reduziu em uns 30 com cento por este ataque virtual.

O modo de operação da CIA e do Mossad abarca três passos: 1) necessitam de informações preliminares sobre os planos do “inimigo”. No caso do Wikileaks, Adrian Lamo, um hacker com quem Mannings se correspondia, informou ao FBI; 2. Sobre essa informação, decidem de que forma atuar. Nos casos da ex-URSS, de Natanz e de Wikileaks, resolveram não bloquear, de frente, a operação planejada, senão aproveitá-la para uma operação cibernétical própria da contrainteligência. 3. Os grandes meios de doutrinação burguesa e os respectivos governos manipulam os eventos criados por eles, durante longo tempo. Nesse sentido, os documentos de Wikileaks serão como uma fonte intocável de guerra psicológica e física contra os adversários do império.
As operações virtuais e desinformação são apenas um aspecto dos projetos de desestabilização dos EUA e Israel, como demonstra seu exitoso programa de assassinatos de cientistas nucleares iranianos. Venezuela com sua extensa rede de gasodutos e oleodutos, cujo software é parcialmente operado desde satélites, com sua monoestrutura elétrica, com suas fronteiras selvagens e marítimas abertas e uma forte quinta-coluna interna, tem que se preparar muito bem para neutralizar a investida que Washington/Tel Aviv vem preparando para o país de Bolívar.

Heinz Dieterich
como www.kaosenlared.net como www.kaosenlared.net

*O soldado americano Bradley Manning, de 22 anos, vive hoje em uma "solitária", à espera do julgamento em corte marcial em 2011. Antes de ser isolado do mundo, porém, o jovem teve acesso, durante 14 horas por dia, sete dias por semana, ao longo de oito meses, a uma rede gigantesca de informações secretas do Departamento de Estado americano a partir de seu posto de trabalho, em Bagdá. Ao decidir apagar os arquivos MP3 de Lady Gaga e copiar em seu lugar 1,6 gigabytes de dados em um CD regravável, Manning protagonizou o maior vazamento de informações da história. Nas mãos do australiano Julian Assange e do site WikiLeaks, esses 250 mil relatórios escritos por diplomatas de embaixadas dos Estados Unidos vieram à tona no último domingo e, desde então, já começam a mudar o modo de se fazer diplomacia.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

BOICOTE E RESISTÊNCIA: ISRAEL E ÁFRICA DO SUL



O que hoje torna o boicote a Israel mais massivo e popular é acima de tudo o massacre selvagem da população de Gaza pelo Tsahal(as Forças armadas de Israel) e a resistência encarniçada dos combatentes palestinos. A vitória da resistência libanesa de 2006, dirigida pelo Hezbollah, preparava já, a mudança na opinião internacional.

A luta pela abolição do apartheid na África do Sul pode servir de referência à atual luta pela Palestina.Nelson Mandela forjou a sua reputação internacional em 1963, quando era advogado de doze combatentes sul-africanos aprisionados, incluindo ele próprio, acusados de sabotagem. No decorrer do processo, afirmou veementemente “sem violência, não há via que permita ao povo africano triunfar na luta contra a supremacia dos brancos (…). Escolhemos desafiar a lei. Primeiramente, por meios que evitaram o recurso à violência. Depois, tendo sido esses meios também interditos por lei, decidimos responder à violência com violência” (processo de Rivonia).

Mandela, que três anos antes tinha fundado o braço armado do Congresso Nacional Africano (ANC), foi o Umkhonto We Siswe ou seja, o Guerreiro da Nação. Quando foi preso em 1962, após dezessete meses de clandestinidade, foi acusado de sabotagem e de tentativa de golpe de estado violento. Foi graças à defesa intransigente da luta revolucionária do seu povo que Mandela recebeu um amplo apoio internacional e se tornou o mais célebre preso político do mundo.

Depois do massacre do Soweto, em 1976, numa carta dirigida ao povo sul-africano, Nelson Mandela declara rezar pelos mártires e exorta os jovens a empenharem-se massivamente na luta. Na sequência deste apelo, milhares de jovens sul-africanos partiram para Angola e Moçambique para participarem a luta armada.

Assustado com a popularidade sempre crescente do prisioneiro Mandela, o governo sul-africano propôs-lhe repetidamente a libertação, sob a condição de rejeitar a luta armada como arma política. A resposta de Mandela foi sempre muito clara: NÃO.

A juventude dos nossos dias tem o direito de saber que a arma do boicote internacional contra o apartheid na África do Sul funcionou como um apoio à luta revolucionária do povo e às suas organizações nacionais. Que o povo sul-africano utilizou todos os meios ao seu alcance para derrotar o regime racista, decorrente da colonização e aliado de Israel. E que foi esta luta de massas, incluindo a luta armada, que permitiu ao boicote internacional funcionar como uma poderosa alavanca da solidariedade mundial.

A juventude dos nossos dias tem o direito de saber que o resistente Mandela, cristão, pacifista numa primeira fase e depois defensor da luta armada e aliado dos comunistas, foi um dos primeiros combatentes a ser apelidado de “terrorista”. A sua organização, o ANC, de que era membro desde 1943, foi ilegalizada pelo governo sul-africano em 1960. Tendo sido condenado por terrorismo em 1964, só em Julho de 2008 a administração Bush retirou o nome de Mandela da sua Terror Watch List (Lista de Vigilância do Terrorismo).

A juventude dos nossos dias tem o direito de saber que, em nome desta luta contra o terrorismo, o governo sul-africano, tal como o governo israelita de hoje, não só encarcerou centenas de combatentes, mas também encomendou o assassinato, por esquadrões da morte, de dezenas de responsáveis políticos do movimento de libertação sul-africano.

Tal como o massacre de Gaza e a resistência armada do Inverno de 2008/2009, foi o massacre de Soweto e o subsequente desenvolvimento da luta de massas de 1976 que conferiu uma amplitude internacional ao movimento de boicote, cujas primeiras sanções tinham começado nos finais dos anos 60.

A liquidação do apartheid na África do Sul foi o resultado de uma articulação permanente entre todos os meios de luta no terreno e a solidariedade internacional, de que o boicote foi o ponto culminante.
O boicote do sionismo existe desde a sua implantação pela Liga Árabe em… 1945! Desde 1948, é sobretudo a luta encarniçada do povo palestino, usando todos os meios ao seu dispor, que resiste ao colonialismo e às permanentes guerras do sionismo. E é porque o povo palestino continua a resistir que devemos desenvolver com todas as nossas forças o movimento de boicote a Israel, que começa finalmente a tomar a amplitude necessária.

O boicote não é uma alternativa à resistência, é um apoio a essa resistência. E para que esse boicote seja completo e coerente, deve conter um apelo de retirar das listas de organizações terroristas o Hamas, a FPLP ( Frente Popular para a Libertação da Palestina) , a FDLP (Frente Democrática para a Libertação da Palestina) e todas as organizações palestinas de resistência. E isto com tanta paixão como a que pusemos quando cantamos e gritamos, anos e anos, “Free Nelson Mandela”.


Adaptado de uma tradução para português de Maria Rodrigues
Fonte: http://www.jornalmudardevida.net/?p=1817

domingo, 7 de novembro de 2010

O QUE É VERDADEIRAMENTE INDIGNO E ILEGAL?


Este artigo é uma resposta do jornalista e escritor francês, Michel Collon, aos comentários de Pascal Bruckner, Bertrand Delanoë, Alain Finkielkraut, Bernard-Henri Lévy, Yvan Attal, Pierre Arditi, Michel Boujenah, Patrick Bruel e outros, no Jornal francês Le Monde

«O boicote a Israel é uma arma indigna», escreveram vocês, na edição de segunda- feira (01/11) no Le Monde. Com uma certeza assombrosa, afirmam que “a justiça francesa não tardará em confirmar a ilegalidade do boicote”. Segundo vocês, todos os que querem ajudar assim os palestinos a obterem seus direitos, estariam fora da lei. E para isso argumentam que: “Não se pode aplicar um tratamento deste à democracia de Israel.”

Como podem chamar de “democrático” um estado que foi construído com a violência, expulsando os palestinos de suas casas e de suas terras em 1948? Um estado que sempre teve a limpeza étnica entre seus planos:
«Devemos expulsar os árabes e ocupar seu lugar” (David Ben Gorem, 1937).

«Entre nós, deve ficar claro que neste país não há lugar para dois povos. A única coisa que se pode fazer é transferir todos os árabes daqui para os países vizinhos. Não deve sobrar nenhuma pessoa, nem uma tribo.» (Joseph Weitz, 1940.

«Os palestinos nunca existiram» (Golda Meir, 1969).

«Cada um de nós devemos nos apoderar de todas as colinas que pudermos para ampliar as colônias, porque tudo que tomarmos, agora, será nosso...” (Ariel Sharon, 1998).

Como podem chamar de “democrático” um estado que rechaça o retorno das pessoas que expulsou e segue roubando sistematicamente de suas terras, enquanto finge que negocia? Sejamos claros:um estado colonial, baseado no roubo de terras e na expulsão do povo nativo, nunca será uma democracia. Embora tenha um parlamento, embora os ladrões discutam democraticamente entre eles sobre a melhor maneira de roubar, segue sendo um estado de ladrões que se impõe pela força.

O boicote é ilegal?
Em absoluto, já que sua finalidade é fazer com que as leis sejam respeitadas. Ter expulsado os palestinos de seu país, em 1948 e negar seu legítimo direito de retorno a seus lares é um desrespeito às leis i internacionais, afirma a ONU. Conquistar mais territórios pela força é ilegal. Impedir que os palestinos vivam em suas terras, trabalhem, estudem ou circulem é ilegal. Destruir suas casas e suas oliveiras é ilegal. Encarcerar crianças de doze anos é ilegal. Construir um muro de separação, roubar a água e as terras dos territórios ocupados é ilegal. Utilizar armas de fósforo e laser é ilegal. Bombardear casas, escolas, hospitais, ambulâncias e prédios da ONU é ilegal. Torturar é ilegal. Assassinar dirigentes palestinos é ilegal. Matar defensores da paz em águas internacionais é ilegal.

Frente a essas ilegalidades, o que faz a ministra francesa da justiça? Pede que sancione o estado que comete essas ilegalidades? Impede a importação pela França de produtos procedentes dessas terras roubadas? Não. Ela ataca quem denuncia esses crimes.E vocês apóiam essa ministra que zomba do direito internacional. Assombroso!
Vocês escrevem: «Somos firmemente contrários ao boicote porque somos partidários da paz». Mas o Boicote já existe!Há mais de sessenta anos, Israel boicota os palestinos e vocês não fazem nada contra isso. Dado que os dirigentes israelenses atuam segundo a relação de forças, o boicote é uma arma perfeitamente digna para impor a paz. Como o foi contra o apartheid na África do Sul.

Vocês escreveram: “Uma coisa é a critica, outra é o rechaço, a negação e, em definitivo, a deslegitimação”. Mas Israel, há mais de 60 anos, vem rechaçando, negando e deslegitimizando os palestinos. Isso não causa indignação em vocês?
Vocês escreveram que: «Ceder ao chamamento ao boicote equivale dizer que já não se pode mais negociar». Isso não é correto. A solução existe; é muito simples, como acaba de recordar o músico Gilda Atzmon: « Os israelenses podem acabar com o conflito num abrir e fechar de olhos. Amanhã, pela manhã, ao levantar-se, Netanyahu devolve aos palestinos as terras que lhes pertencem».

É pedir muito? Em 1968, as organizações palestinas fizeram grandes concessões ao propor que se formasse um só Estado democrático, progressista, laico, onde judeus, cristãos e mulçumanos poderiam viver em paz, desfrutando dos mesmos direitos. Foi Israel que se negou e segue negando. É Israel que se aferra à sua obsessão de um estado etnicamente puro, reservado aos judeus. Por que vocês não assinam grandes chamamentos contra isso?

É pedir muito? Os palestinos têm aceitado, inclusive, conformar-se com 22% de seu território original, mas Israel também rechaça esta proposta e segue roubando mais terras, pouco a pouco; e vocês não fazem nada contra isso.

Definitivamente, não é o Boicote que é indigno! É a atitude de vocês que é indigna. Porque tudo o que acabo de escrever, sabem vocês muito bem. Ao ocultar tudo isso da opinião pública, vocês estão contribuindo para a desinformação. Que interesses estão ocultos por trás dessa atitude?

Suspeito que verdadeiramente indigno, em seus escritos, são suas motivações. Em meu livro, “Israel: vamos falar sobre isso?” assinalo que os três grupos midiático mais poderosos da França - Lagardère, Dassault e Bouygues - estão em mãos de famílias riquíssimas que fazem grandes negócios com Israel e lhe fornecem armas e demais instrumentos para a colonização. De modo que se um artista ou intelectual francês criticar esses grupos e ousar dizer a verdade, terá que dizer adeus à sua carreira, à sua fortuna! Como dizia Bertolt Brecht: « Aborrecer os possuidores é renunciar às posses».

Quem lê seus artigos e publicações, quem escuta seus argumentos, deveria se fazer esta pergunta fundamental: “Que interesses se escondem por trás dessas abordagens?”

* Fontes das citações: Michel Collon, Israël, parlons-en!, Couleur Livres, Investig’Action, Bruselas, 2009, pp. 297-299.

Fuente: michelcollon.info

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

SENADORA DA FRANÇA, QUE APOIA O BDS CONTRA ISRAEL, FOI LEVADA AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA


A repressão contra ativistas BDS está em plena escalada na França. A perseguição à senadora Alima Boumediene-Thiery, que há um ano participa do boicote BDS na região de Paris e que apoia ativamente a campanha BDS, é um caso escandaloso. Seu julgamento aconteceu em 14 de outubro no tribunal de Pontoise (norte de Paris). Como todos os outros ativistas perseguidos , ela é acusada de "incitar ódio racial" e "discriminação contra a nação de Israel."

O autor da ação, Sammy Ghozlan, um conhecido lobista sionista que pediu a todos os tribunais franceses condenasse os militantes do BDS, conta com apoio integral do governo francês . Ghozlan apresentou mais de 80 denúncias de racismo contra ativistas franceses. Ele é um louco fanático que escreve artigos nos sites dos colonos israelitas, não só contra os palestinos, mas também contra Richard Goldstone a quem chamou de “bastardo” e outros adjetivos impublicáveis.

Este processo envolveu um membro do parlamento que poderia perder o direito à reeleição, se fosse condenada. E serviria de teste porque abriria precedentes para futuras condenações . E muitas pessoas ficariam felizes de se livrar dela, porque Alima está ativa em várias frentes "desconfortáveis", como a questão dos imigrantes, a islamofobia, a situação dos prisioneiros e combate a todas as formas de leis discriminatórias e repressivas.

Quando era membro do Parlamento Europeu em 2002, Alima Boumediene arrastou votos a favor da suspensão dos acordos comerciais entre a Europa e Israel com privilégios enormes para Israel e que os governos europeus têm ignorado, apesar da oposição da maioria dos deputados. Ela visitou várias vezes Gaza e Westbank, compilando relatórios alarmantes.

Ativistas do BDS realizaram ações de protestos em todo o país antes de 14 de outubro, e uma grande manifestação no Tribunal no dia do julgamento da senadora. Os demandantes e procuradores que atacaram os parlamentares Alima Boumediene-Thiery e Omar Slaouti pela participação deles em uma ação de boicote a produtos israelenses na loja Carrefour de Montigny, foram derrotados no tribunal de Pontoise.
Depois que advogado de defesa de Boumediene argumentou que existem muitas irregularidades cometidas pelos reclamantes, neste caso, os juízes nem sequer consideraram necessário ouvir e desenvolver argumentos sobre os méritos.

Militantes apoiaram maciçamente Alima e Omar Slaouti e reafirmaram a sua determinação em continuar a campanha de boicote, desinvestimento e sanções (BDS) contra Israel . Eles vieram de diferentes partes da França e mesmo da Bélgica, apesar das dificuldades de transporte devido à greve geral. Ees estão dispostos a ampliar a campanha para denunciar a presença constante, em todas as lojas, dos produtos de criminosos de guerra israelenses.
fonte : http://www.europalestine.com/spip.php?article5404

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

PLATINI AMEAÇA EXPULSAR ISRAEL DA UEFA

O presidente da UEFA- União Europeia das Federações de Futebol- ameaçou expulsar clubes israelenses dos torneios europeus devido à perseguição ao futebol palestino


Para jogar nas competições europeias, especialmente as de futebol, os países devem cumprir com uma série de princípios democráticos e de respeito às seleções dos outros países. Se não fazem isso, não podem pertencer a União das Federações Europeias de Futebol. É o razoável e assim tem se manifestado o próprio presidente a UEFA, Michel Platini.

Nos últimos anos, o país, membro da UEFA, que mais reiteradamente e manifestamente tem rompido com estes princípios básicos é Israel. Não só impedindo sistematicamente a construção de estádios de futebol e a realização de partidas na Palestina, mas também proibindo os jogadores da seleção palestina de sairem para disputar fora de casa, incluindo amistosos.

Durante o mês de setembro, membros da Federação Palestina de Futebol se reuniram com Michel Platini para demonstrar sua inconformidade com as políticas autoritárias de Israel . O detonante mais recente foi em relação a uma partida que ia ser disputada na Mauritânia, em 11 de agosto. Israel negou a saída a seis jogadores da seleção palestina. Ou seja , impediu a saída de pessoas de um país que não é o seu, por razões de “segurança nacional”.

Diante destes acontecimentos vergonhosos, Platini declarou que "aceitamos que Israel seja da Europa (futebolisticamente), de modo que deve cumprir com nossas leis e normas, incluindo garantir o livre movimento dos jogadores” , e acrescentou: "Israel deve escolher entre permitir que o desporto palestino prospere ou enfrentar-se com as consequências a que pode levar seu comportamento”.

É claro que o grande Platini não tardará a ser objeto de críticas na Internet e nos jornais por centenas de voluntários sionistas. Certamente financiarão a outro candidato para a renovação do mandato do presidente da UEFA, e farão todo o possível para afundar e assustar Platini. Esperemos que, pelo menos uma vez, se imponha a coerência e a justiça.

O futebol é o esporte nacional em Palestina. Milhares de jovens o praticam diariamente, em especial os mais jovens, nos campos de refugiados e acampamentos de verão. Nos fins de semana, o país vive com paixão os jogos do futebol europeu, principalmente o espanhol. Ninguém na Palestina ficará indiferente diante da pergunta: : " Madrid ou Barcelona?”. Eles só querem poder dizer algum dia com dignidade: " Seleção Palestina”
2010-10-14 / Fonte: Daniel Pérez Rodríguez

CRÔNICA DE UMA OCUPAÇÃO

Por ALI RAGHAB

Nos anos 30 a gente costumava bater uma bolinha na Palestina. Eu e meus amigos corríamos atrás de uma bola no final da tarde, sonhando que um dia iríamos jogar em algum clube. Foi naqueles dias que meu pai me contou sobre a seleção palestina disputando a Copa do Mundo. Eu e meus amigos vibramos. Quem sabe um dia a gente poderia vestir a camisa branca e preta, ouvindo nosso hino, vencendo Uruguai ou Itália.


Pouco tempo depois veio a notícia. A Palestina iria enfrentar o Egito nas Eliminatórias. Papai se animou e prometeu me levar até Tel-Aviv pra assistir o jogo. A minha alegria - e também a de meu pai - durou poucos dias. Até o momento em que a Federação convocou os jogadores. Na lista não havia nenhum muçulmano. Os britânicos, que dominavam nossa terra, aceitaram apenas os judeus.


Confesso que traí a pátria. Torci pelo Egito no primeiro e no segundo jogo. Eu não imaginava que nosso país seria representado por Berger, Reich ou um Fuchs qualquer. Perdemos as duas partidas de goleada. Papai ficou muito triste e um dia decidiu que o futebol também era nosso.
Pois é. De tanto reclamar, os ingleses prenderam papai durante alguns dias. Depois que ele saiu da cadeia me abraçou comovido e o futebol morreu pra mim. Vendo seu rosto marcado pelas pancadas e pelos maus tratos, não me permiti continuar a jogar aquele jogo cruel e desumano. Toda vez que eu imaginava um jogo, eu via a imagem do meu pai sendo levado pela simples razão de querer que seu povo pudesse jogar uma simples partida de futebol.
Trecho do livro 'Intifada e Futebol', coletânea da ONG 'Free Palestine'

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

EGITO AUTORIZA ENTRADA DE COMBOIO DE AJUDA PARA GAZA.


Ativistas internacionais do "Gaza Convoy Europa" receberam luz verde do Egito para atravessarem o território egípcio para quebrar o cerco israelense, depois de nove dias de espera.

O governo egípcio apresentou aos organizadores, nesta quarta-feira, cinco condições para que o navio que transporta veículos do comboio possa atracar no porto de Al-Arish e levar ajuda para Gaza.O embaixador egípcio na Síria se reuniu com os organizadores do Viva Palestina, na capital Damasco, para expor as condições do Egito para a entrada da ajuda, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio Hossam Zaky. Ele não especificou quais as eram essas condições.

Os organizadores da viagem dizem que este é o maior comboio de ajuda e o mais internacional de sempre com mais de cinco milhões de dólares em medicamentos, material escolar e ajuda para a população palestina de Gaza. O grupo é composto por ativistas de mais de 30 países, incluindo a Nova Zelândia, Indonésia, Malásia, Mauritânia, os EUA, Marrocos e África do Sul. Vários políticos e autoridades eleitas se juntaram ao comboio, bem como cerca de 30 sobreviventes do ataque israelense ao navio turco Mavi Mármara em que nove ativistas foram mortos pelas tropas israelenses que abordaram a embarcação em águas internacionais.
Os ativistas Viva Palestina, liderada pelo Parlamento britânico George Galloway, deverão afastar-se do porto sírio de Latakia rumo à Gaza, nos próximos dias.

Em janeiro passado, a polícia egípcia entrou em choque com ativistas Viva Palestina e com palestinos no lado da fronteira de Gaza depois de um impasse sobre a permissão para que enviassem ajuda para a Faixa. Eles acabaram por ser autorizado a entrar, mas o parlamentar britânico, George Galloway, foi informado pelas autoridades que Egito que não teria mais permissão para voltar ao país. Ainda não está claro se o Egito vai permitir a entrada de político britânico, desta vez.

http://www.worldbulletin.net/author_article_detail.php?id=2234
publicado na quarta-feira- 14/10/2010
ilustração: foto dos sobreviventes do Mavi Mármara que participam do "Viva Palestina 5"

terça-feira, 12 de outubro de 2010

"Viva Palestina 5" aguarda autorização do Egito para entrar em Gaza


12/19/2010 - Comboio "Viva Palestina 5" ainda está esperando no porto sírio de Latakia e apela para o Egito permitir que suprimentos de ajuda humanitária possam entrar em Gaza através pela passagem de Rafah.

O comboio “ Viva Palestina 5” rumo à Gaza se completou com a chegada do contingente dos estados do Golfo e da Indonésia . A quantidade de veículos chegou a 400, animando o acampamento com um sentimento de solidariedade e fraternidade. Há cerca de 70 sobreviventes da Mavi Marmara neste comboio terrestre, incluindo o Sheikh de 83 anos, da Jordânia e outros que foram feridos por soldados israelenses durante o assalto ilegal na flotilha. Eles são pessoas incríveis - menos de cinco meses após o ataque daquela noite apavorante, estão de volta e prontos para outra tentativa, completamente desarmados, para romper o cerco imposto por um governo com o quarto maior exército do mundo. Este grupo de heróis internacionalistas, levam bandeiras da Turquia e da Palestina e uma coroa de flores que lançarão ao mar quando passarem no local onde os soldados de Israel mataram nove deles em águas internacionais em maio.

O “ Viva Palestina 5” leva ajuda que inclui vales de R$ 3, antibióticos ventiladores para os idosos doentes e para os bebês recém-nascidos; mochilas cheia de cadernos, canetas e lápis para os estudantes de Gaza. Eles levam também medicamentos para quimioterapia, cadeiras de rodas novas, tubos de respiração, equipamento cirúrgico e odontológico, centenas de tipos diferentes de medicamentos, ataduras e curativos, e muito mais. O que não têm ainda é a autorização do Egito para a entrar em Al Arish e em seguida em Gaza.

Este é o primeiro comboio internacional que tenta quebrar o cerco de Gaza , imposto por Israel que já dura quatro anos, desde o ataque `Flotilha da Liberdade, em 31/05/10, que foi declarado um crime de guerra pela ONU, há duas semanas. No início da tarde de 06 de outubro, os negociadores voltaram a Damasco, onde se reuniram com o embaixador do Egito para a Síria. Os ativistas do comboio foram informados que o Egito não é completamente contra a travessia para Al Arish, mas está impondo condições mais duras sobre este comboio do que as impostas contra o comboio que rompeu o cerco em janeiro de 2010. Nove condições foram impostas desta vez . Disseram que George Galloway, o fundador do Viva Palestina, não seria autorizados a desembarcar no Egito. Continuam as negociações sobre as outras condições.Enquanto isso, os ativistas preparavam listas de passageiros dos veículos. A espera continua . Definitivamente , impossível navegar nos dias 11 e 12 de outubro.

Beth Monteiro

sábado, 9 de outubro de 2010

TODO APOIO AOS ATIVISTAS DO BDS/ESPANHA



Nove pessoas foram indiciadas na Espanha por terem participado de um protesto contra empresas espanholas que investem em Israel. Em 18 de Outubro, esses ativistas deverão comparecer como réus perante a um juiz para responder por uma ação de protesto coletivo, no qual mais de 60 ativistas denunciaram a contínua violação dos Direitos Humanos por Israel e a política de investimento espanhol no estado sionista.


A manifestação foi realizada em 14 de junho/2010, em frente ao Circo Price , durante a abertura de uma conferência agendada pelo Red Innova.Os ativistas exibiram cartazes e imagens de altos líderes israelenses na entrada do edifício.Vários deles acorrentaram-se nas duas das portas com a intenção de exigir que Israel cumprisse a cláusula Direitos Humanos assinada pela União Européia e pelo Estado espanhol que impede transações comerciais com países que violam os direitos fundamentais da população civil. Os manifestantes chamavam pelo boicote no consumo de produtos fabricados em Israel ou em colaboração com empresas sediadas naquele país. Eles protestavam também conta a falta de intervenção do governo espanhol frente ao sofrimento diário do povo palestino, especialmente da população de Gaza, sob bloqueio, que já dura quase cinco anos, o que impede o acesso aos recursos necessários básico, em contraste, ironicamente, com o interesse em promover parcerias de negócios com os responsáveis por esta situação.

Tudo isso aconteceu, duas semanas depois do assalto de Israel ao comboio marítimo de ajuda humanitária- a Flotilha da Liberdade- que se dirigia a Gaza para denunciar e tentar romper o cerco que Israel submete a população de Gaza que resultou em 09 ativistas turcos mortos pelas forças de assalto enquanto vários continuam desaparecidos.O escândalo internacional foi centrado, em grande medida, na presença de ativistas europeus sem que a mídia demonstrasse surpresa com a permanente e sistemática violação dos Direitos Humanos por parte de Israel, desde sua criação, em 1948, sobre a população palestina.

São precisamente a denúncia dessas violações dos direitos básicos que resultou no indiciamento de nove pessoas que pretendiam, juntamente com muitas outras, ampliar a campanha internacional de Boicote, Desinvestimentos e Sanções –BDS- contra o Estado de israel.

Em uma petição enviada à Justiça espanhola, os militantes que participaram da manifestação alegam que esta foi uma ação justa e legítima, uma vez que denunciava crimes e abusos de Israel. Eles argumentam que havia muito mais que nove pessoas na manifestação e que vão continuar os protestos, com ou sem condenação, contra a cumplicidade do governo e empresas espanholas, bem como alertar para a responsabilidade dos consumidores, na perpetuação desta infâmia.Diante disso, eles pedem apoio para sua campanha.

Todo apoio a campanha de boicote a Israel
Não compre produtos israelenses.


ISRAEL ASSASSINA IMPUNEMENTE. BOICOTE A TIVO A ISRAEL.
Fonte: http://www.nodo50.org/info/Absolucion-para-l-s-activistas-por.html

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

COMBOIO DE AJUDA PARA GAZA DESAFIA PROIBIÇÃO DO EGITO



O governo egípcio disse que o parlamentar britânico, que está liderarando o maior de todos os comboio de ajuda internacional para a Faixa de Gaza, está proibido de entrar no país.

O líder ativista, legislador britânico, desafiou a proibição e juntou-se aos turcos que receberam os ativistas do comboio durante quatro dias em Istambul. O Ministério de Assuntos Estrangeiros disse que o Egito não permitirá que membros do comboio entrem em Gaza por terra e limita o número de pessoas que podem entrar de uma vez. Ele também disse que George Galloway foi proibido de entrar Egito "em qualquer circunstância."

O comboio tem representantes de organizações na Austrália, Nova Zelândia, Canadá e Malásia, bem como voluntários dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Irlanda do Norte. Na rota, será acompanhado por representantes das organizações em França, Itália, Grécia e Turquia.

Em resposta ao governo egípcio, George Galloway disse que pretende continuar na liderança do comboio "Viva a Palestina 5" e apelou às autoridades egípcias que reconsiderem a proibição."Eu não fui expulso do Egito e eu não sou persona non grata no país. Nenhuma notificação oficial de qualquer espécie jamais chegou a mim . Eu não tenho nenhum desejo de ter uma briga com o governo egípcio, a minha briga é com Israel ", disse ele.

Um funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Egito disse também que os itens de ajuda do comboio devem ser descarregados em El Arish , onde o Crescente Vermelho Egípcio assume todas as questões de distribuição de mercadorias.

O Viva Palestina comboio, passou por França e Itália. Chegou em Em Istambul em 27 de setembro , onde ficou durante quatro dias. De Istambul, seguiu, em 01 de outubro, para Ancara, Kayseri, Adana, Gaziantep e Kilis, depois entraram na Síria.

"Estou levando um grande esforço internacional para romper o cerco à Faixa de Gaza, imposto por Israel e seus aliados para punir as pessoas porque votaram em uma eleição livre e democrática", disse Galloway .Os três comboios com 150 e 200 veículos reuniram-se em Latakia, na Síria antes de serem enviados para além do ponto em que a Marmara Mavi foi atacado até o porto egípcio de El Arish, antes de entrar em Gaza através do cruzamento de Rafah.

Dois sobreviventes do massacre de Marmara Mavi, Nicci Enchmarch e Kevin Ovenden, estão entre os ativistas que participam com o objetivo de romper o cerco israelense ao território e entregar suprimentos essenciais. Nove pessoas, incluindo oito cidadãos turcos e um cidadão dos EUA de ascendência turca, foram mortos quando as forças israelenses invadiram uma flotilha de ajuda para Gaza ligados incluindo o navio turco Marmara Mavi em 31 de maio. Cerca de 30 pessoas ficaram feridas no ataque.

Mundo Boletim / Secretária Notícias

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

OITENTA ATIVISTAS PODEM SER PRESOS, NA FRANÇA, POR APOIAR O BDS


Colonização e apartheid: é isso que está ferindo a lei

Israel é que deve ser levados à justiça!

Em Bordeaux, Persignam, Mulhouse, Paris e Pontoise, ativistas deverão, em breve, comparecer a um tribunal devido à sua participação na campanha não violenta do BDS - Boicote, Desinvestimento e Sanções - contra Israel.

O presidente do Instituto Nacional de Vigilância contra o Anti-semitismo (BNCVA) declarou à imprensa que já são 80 acusações relativas a incidentes semelhantes, em toda a França. Estes processos são resultado das declarações enganosas proferidas pelo Primeiro-Ministro Fillon e o ministro do interior Hortefeux, bem como as instruções recentemente emitidas aos magistrados pelo ministro da justiça Alliot -Marie.

Este é um ataque sem precedentes sobre a campanha BDS engendrado pelas agências pró-Israel em conluio com o governo Sarkozy, cujas medidas racistas contra os ciganos estão causando indignação em toda a Europa.

Para coroar tudo isso, essas acusações estão baseadas em uma lei de 29 de julho de 1881 para atacar os ativistas BDS “... A grande ironia é que essa lei penaliza a prática de “... ódio , discriminação ou violência contra pessoa ou grupo devido à sua origem ou devido a pertencer ou não a uma determinada etnia, raça, nação ou religião ".

Queremos perguntar, então:

Quem, com total impunidade, está praticando violência e discriminação em uma base diária nos Territórios Ocupados da Palestina?

Quem, com total impunidade, aprova a legislação do apartheid contra os próprios palestinos concidadãos?

Quem, com total impunidade, comete crimes de guerra, e chacinas e persegue a população civil na Cisjordânia e em Gaza?

Quem, com total impunidade, estão violando a lei internacional, colonização e exploração os recursos dos territórios ocupados?

Quem, com total impunidade, tem imposto nos últimos cinco anos um cerco mortífero à Faixa de Gaza?

É Israel que está violando a lei internacional quando pratica a ocupação, a colonização, a apartheid e os crimes de guerra; quando nega os direitos dos presos e os direitos dos refugiados.

É Israel que devem ser cobrados na justiça!

O objetivo da campanha BDS é obrigar Israel a respeitar a lei.

Por que o sistema jurídico francês condena os cidadãos que realizam ações pacíficas para que a lei seja respeitada e aplicada? Cidadãos franceses que pedem boicote, desinvestimento e sanções contra Israel são impulsionados pela necessidade urgente de acabar com a sistemática violação da lei por parte de Israel e inabalável impunidade que lhe foi concedida pelo governo francês.

A campanha BDS/ França apela a uma ampla manifestação de apoio a todos aqueles, sem exceção, que estão sendo processados por causa de suas ações de boicote e exige que Israel seja indiciado e que as comissões de apoio sejam estabelecidas e desenvolvidas em todo o país.

A campanha BDS/ França está colocando sua equipe de advogados ao serviço daqueles que estão sendo processados e de todos os ativistas do BDS. A partir de agora, a campanha para promover BDS e indiciar Israel deve ser ainda mais reforçada. Devemos utilizar as próximas manifestações como oportunidades para demonstrar a força de nossa campanha, comparecendo em grande número.

BDS Campanha França

www.bdsfrance.org

campagnebdsfrance@yahoo.fr

Membros da França BDS Campanha: filisteu ABNA, Aliança para a liberdade edignidade, a Alternativa Libertária , américains contre la guerre, américains pour la paix ET la justiça Montpellier, Associação dos Palestiniens en France, Associação dostravailleurs magrebinos en France, Associação dos tunisiens en France, AURDIP ,CCIPPP , féministes Collectif des pour l' égalité, Collectif judeo arabe et pour citoyenla paix , Collectif des musulmans de France, palestiniens Comités pour le Droit auretour , Comités BDS França Clichy Palestina, BDS França Montpellier, França BDSNord Est , Orne Palestina, BDS Mulhouse, AFPs Gennevilliers, AFPs/ Cruas , BDS Ardèche Méridionale , CNT, CAPJPO - europalestine ,A coordenação inter- associativa pour la Palestina, Coordenação de acção pour l ' nãoviolente de l' Arche , artesãos Fédération du monde , Fédération des Tunisiens pour unedes Deux Rives citoyenneté , Federação pour une alternativa sociale et écologique ,Fórum bairros sociais des populaires , União Geral dos Estudantes Palestinos ,Génération Palestina, La guerre ter - Toulouse, Parti des Indigènes de la République ,Mouvement des objecteurs de croissance , quartiers Mouvement pour la des justiça sociale , banlieues imigrações Mouvement , Mouvement pour une alternativa não violente , a ANP et musulmanes spiritualité Réseau juif internacional antisioniste ( IJAN ), Respaix , consciências Réveil des , Stop Toulouse apartheid, Une toile contre le mur - Annemasse, Solidaires União Sindical , Union des travailleurs tunisiens immigrés , União Juive française pour la paix .

ilustração: foto (Revista Life) do Maio Francês -1968


terça-feira, 28 de setembro de 2010

ISRAEL VOLTARÁ A SER PALESTINA



Uma reunião realizada ontem (28/09) entre o primeiro ministro palestino Salam Fayyad e o vice-chanceler de Israel, Danny Ayalon, terminou abruptamente. O desentendimento surgiu quando o vice-ministro de Relações Exteriores de Israel exigiu que no resumo da ata da reunião se fizesse referência à noção de dois estados para dois povos, em lugar de somente dois Estados. “Queria que na ata da reunião figurasse, como mínimo, a expressão dois Estados para dois povos”, disse Ayalon.
Fayad quis saber o que pretendia dizer e perguntou: “ Um Estado palestino, um Estado binacional ou outro Estado palestino? O vice-ministro explicou : “ Deixei claro que estaríamos fora da foto se no resumo não figurasse a frase “ dois Estados para dois povos”.

O primeiro ministro da (Autoridade) palestina não pôde aceitar a exigência de Israel por muitas razões: Israel está situado na Palestina Histórica. Nasceu mediante ao roubo de terras e da limpeza étnica. Segue plantado nesta região por meio do roubo. Ao menos uma quinta parte dos habitantes de Israel são palestinos. E se isso não for suficiente, nenhum negociador palestino poderá permitir jamais que se ignore a questão dos refugiados, e com motivo: o direito ao retorno segue sendo o centro da causa palestina.

Curiosamente, no contexto da solução de dois Estados, o palestino seria definido como um Estado de cidadãos, uma amálgama civilizada de diferentes etnias e religiões. Israel, pelo contrário, continuaria sendo uma criação orientada racialmente: um Estado judeu para os judeus que continuariam na cúpula do poder. Que razão poderia ter a comunidade internacional para apoiar essa solução ou um Estado semelhante?

Sem dúvida, não me surpreendeu ler no Yanet que Tony Blair, que participou da primeira parte da reunião de ontem , apoiou a postura de Israel . Blair tem desenvolvido uma grande afinidade com os argumentos judeucêntricos e com a forma de pensar sionista. Afinal, não podemos esquecer que foram o sionistasta Levy e os amigos laboristas de Israel (Labour Friends of Israel) que financiaram o partido de Blair quando se iniciou a guerra contra o Iraque.

Tampouco deve surpreender-nos que as rodadas de negociações em curso não levem a lugar nenhum. O conflito entre Israel e Palestina não pode ser solucionado mediante às atuais conversações de paz, nem mediante nenhum tipo de resolução dominada pela visão sionista do mundo. O estado judeu vê a si mesmo como o renascimento na nação israelita bíblica. Isso significa, na prática, a perpetuação do conflito sem fim. Esta é a maior ameaça à paz mundial e, sem dúvida, trágica também para os israelenses que estão nascendo em uma realidade condenada, determinada por uma fantástica fantasia bíblica.

A “ solução de dois Estados” é uma idéia vã . Já chegou a hora de a comunidade internacional deixar de gastar energias com essa idéia falida. Os fatos sobre os territórios são claros, como Daniel McGowan expressou há dois meses: "O que realmente existe dentro das fronteiras controladas atualmente por Israel (que compreendem a Israel anterior a 67, Cisjordânia, Gaza e as Colinas de Golan) é um único Estado, que conta com uma única rede elétrica, um único sistema de água, uma moeda única, um sistema principal de estradas , um só serviço postal e fronteira exterior única.Os bens e as pessoas que entram neste Estado de fato, o fazem através de portos e aeroportos e em um número limitado de entradas. As autorizações de embarques e os passaportes são controlados e carimbados pelos funcionários deste Estado único".

No momento, este Estado único recebe o nome de Israel. Trata-se de um Estado dominado ideologicamente pelo racismo judeu e alimentado praticamente pela supremacia talmúdica. Sem dúvida, isso mudará. Contra todos os prognósticos, apesar do poder nuclear de Israel, dos grupos de pressão judeus em todo o mundo, dos aviões F-35 Stealth e do entusiasmo do vice-primeiro ministro de Relações Exteriores de Israel, este se converterá em um Estado de cidadãos e quando isso ocorrer, seu nome será Palestina.

Tradução livre e resumida do artigo de Gilad Atzmon por Beth Monteiro
Fonte: http://www.gilad.co.uk/writings/israel-will-be-palestine-by-gilad-atzmon.html?printerFriendly=true

sábado, 11 de setembro de 2010

REVISTA ESTADUNIDENSE DISTORCEU DECLARAÇÕES DE FIDEL CASTRO




Uma declaração atribuída ao líder cubano , Fidel Castro, causou surpresa em todo o mundo.Grandes jornais e noticiários de TV, inclusive o JN da Rede Globo, divulgaram que Castro havia dito que o Socialismo não funcionava mais, nem sequer em Cuba.


Eis a resposta dde Fidel Castro:


"la revista estadounidense ha malinterpretado mis declaraciones"


El ex Presidente cubano, Fidel Castro aseguró este viernes que sus afirmaciones fueron malinterpretadas por la revista estadounidense "The Atlantic".

Jeffrey Goldberg, redactor de la revista estadounidense "The Atlantic", quien se reunió con Fidel Castro a principios del mes en curso, dijo que le preguntó a Castro si aún valía la pena intentar exportar el sistema de la isla a otros países y el ex mandatario le respondió: "El modelo cubano ya ni siquiera funciona para nosotros".
Durante la presentación de su segundo libro sobre la guerra de guerrillas bajo el título "La Contraofensiva estratégica", en la Universidad de La Habana, Castro rechazó estas interpretaciones y dijo que, "me divierto ahora al ver como él lo interpretó al pie de la letra".

“Lo real es que mi respuesta significa exactamente lo contrario de lo que el periodista norteamericano interpretó sobre el modelo cubano. Mi idea es que el sistema capitalista ya no sirve ni para EE.UU. ni para el mundo, al que conduce de crisis en crisis que son cada vez mas graves, globales y repetidas”, recalcó Castro.
Según el informe de la agencia de noticias Xinhua, Fidel Castro se reunió el 1 de septiembre con Goldberg y la revista "The Atlantic" publicó esa entrevista el miércoles, 8 de septiembre.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

JULIANNE MOORE E VANESSA REDGRAVE APOIAM BOICOTE DE ATORES ISRAELENSES



A lista de estrelas de Hollywood e Broadway que assinam uma declaração de apoio aos artistas israelenses, que estão boicotando um teatro no assentamento ilegal na Cisjordânia, está crescendo, disseram os organizadores da iniciativa, nesta terça-feira(07/09)
Os últimos signatários incluem a premiada atriz norte-americana Julianne Moore*, a atriz britânica Vanessa Redgrave e o compositor norte-americano e o letrista Stephen Sondheim, segundo declaração emitida pela Jewish Voice for Peace .

Mais de 150 profissionais de cinema e teatro assinaram a lista de apoio a 60 artistas israelenses que se recusam a realizar apresentações teatrais e outras atividades artísticas no assentamento ilegal de Ariel, ao norte do distrito de Salfit na Cisjordânia, incluindo a estrela de Sex And The City, Cynthia Nixon, 21 vezes ganhadora do Tony Award- maior prêmio dado a atores e atrizes do teatro dos Estados Unidos.

O Ator e ex-presidente do Screen Actors Guild* , Ed Asner, um dos signatários da carta, disse: "É sempre surpreendente quando os atores arriscam seus empregos. Para os atores de Israel, que se recusam a trabalhar nesses locais , essa ação é verdadeiramente um ato de coragem. Eu os parabenizo e gostaria de incutir nos atores da América a mesma coragem."

Os atores que subscreveram a carta original foram criticados pela opinião pública israelense e pelo governo, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que, no início da reunião em seu gabinete, na semana passada, denunciou a iniciativa, dizendo que "... o estado de Israel está sob um ataque de deslegitimação por elementos da comunidade internacional. Este ataque inclui tentativas de promulgar um boicote econômico, acadêmico e cultural. A última coisa que precisamos neste momento é estar sob um ataque como este," . Essa declaração de Netanyahu foi publicada no The Jerusalem Post, um jornal diário israelense em língua Inglesa

*Julianne Moore atuou no filme “Ensaio sobre a Cegueira” , em 2008, produzido pelo Japão, Brasil e Canadá, dirigido por Fernando Meirelles e com roteiro baseado no livro do mesmo título do Prêmio Nobel português José Saramago.
* Screen Actors Guild - Sindicato que representa mais de 200 mil artistas de cinema e televisão dos Estados Unidos.
Fonte: Ma'an

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

SHIN BET ISRAELENSE ELETROCUTOU CRIANÇAS PARA EXTRAIR CONFISSÕES



Depois de uma visita ontem (31/08) a alguns jovens encarcerados na prisão de Meguido, os advogados do Ministério dos Detidos afirmaram que os prisioneiros jovens testemunharam , sob juramento, que haviam sido interrogados e sistematicamente eletrocutados e torturados por agentes da inteligência israelense em assentamentos perto das cidades palestinas .
Salim Redouane, que foi preso perto de Qalqilya em 08/05/2010, disse que foi mantido em um acampamento perto de Tzofin por 3 horas antes de ser transferido para o assentamento de Ariel , onde foi questionado pelos interrogadores Shin Bet. Sua cabeça foi repetidamente batida contra a parede da sala da prisão , em um esforço para levá-lo a confessar-se culpado . Os investigadores ameaçaram queimar sua pele , se ele não confessasse as acusações contra ele.
Outro detento, Ali Mohamed Radwan, informou ao advogado que foi preso em sua casa em Qalqilya Azzun em 03/08/2010 e um dos soldados o forçaram a tirar a camisa , a fim de usá-la como uma venda. Ele foi algemado e levado em algum lugar perto da aldeia, onde foi atingido nas costas com coronhadas e chutada repetidamente no estômago e nas costas. Um dos soldados , em seguida, arrastou-o todo o terreno que resultou em feridas profundas em suas mãos , em seguida , ele foi levado para o assentamento de Ariel , onde foi interrogado durante várias horas e foi atingido na cabeça, no rosto e por todo o corpo .
Segundo o testemunho de Yahya Ali Abdel- Hafez , 15 anos de idade, residente do Governatorato Azzoun de Qalqilya , preso em 05/08/2010 perto da cidade de Qalqilya e levado para um acampamento perto de Tzofin onde foi mantido por 3 horas antes de ser transferido para o assentamento de Ariel e interrogado . Durante o interrogatório , ele não reconheceu algumas das acusações contra ele e, por isso, foi espancado no rosto várias vezes e repetidamente eletrocutado. Sob pressão, Yahya acabou assinando a declaração para evitar mais tortura.
Os advogados também visitaram Abdul Hamid Abdul Latif Said Abu Haniyeh, que está atualmente com 10 anos de idade , residente de Azzun . Ele foi preso em 05/08/2010, perto de Qalqilya , onde também foi levado para o assentamento de Ariel e interrogado pelos agentes do Shin Bet. Ele foi severamente espancado antes de ser atingida por um choque de alta tensão. Aterrorizado, Abdul Hamid , que achava que ele seria levado para a prisão de Meguido , juntamente com seus irmãos, assinou a declaração de culpa. Advogados para o Ministério dos Prisioneiros também visitou Hussein Ahmed Mustafa , 16 anos, residente em Jalazoun , ao norte de Ramallah. Ele foi detido em sua casa às três da manhã em 11/02/2010 e espancado dentro de casa antes de ser levado para o assentamento de Beit El . Ao amanhecer, foi transferido para Benjamin , onde foi multado em 2.000 NIS e sentenciado a 20 meses de detenção. Seus dois irmãos foram detidos na prisão de Negev
Fonte: - Agências via Médio Oriente Monitor