quinta-feira, 27 de maio de 2010

ISRAEL AMEAÇA ABORDAR A FLOTILHA, SEQUESTRAR A CARGA E PRENDER TODOS OS ATIVISTAS NUMA CLARA VIOLAÇÃO A TODAS AS LEIS INTERNACIONAIS





Através dos meios de comunicação israelenses, o governo de Natanyahu anunciou seus planos para a “ Flotilha da Liberdade". Dentro de sua loucura belicista, o exército de Israel abordará os navios, requisitando toda a carga , dizendo que pretende levá-la para Gaza e que prenderá todos os ativistas. É inquietante e imoral, o silêncio da Comunidade Internacional diante desses planos declarados.

Tendo em conta a magnitude da ação que Israel terá que levar a cabo para prender os participantes do navio Mavi Marmara, uma balsa de mais de trinta metros, aos ativistas não restará outra alternativa, senão voltar e pedir aos governos europeus, em especial ao governo da Espanha, que atualmente está na presidência da União Européia, uma condenação contundente e a defesa desta Flotilha e de seus ocupantes, assim como dos valores que elo representa.

O assédio aos barcos será uma autêntica loucura e poderá colocar em risco a vida das pessoas a bordo . Qualquer incidente desagradável que possa ocorrer será, sem dúvida, devido à inoperância diplomática da União Européia que novamente demonstrará seu papel cada vez mais irrelevante no Oriente Médio.

Segundo as últimas informações, Israel usará a força para prender os ativistas o que será uma clara violação a todas as legislações internacionais . É por isso que os ativistas da Flotilha chamam não só os governos a atuarem, mas também a sociedade civil , saindo às ruas para denunciar a impunidade de Israel.

Os membros da Flotilha estão fazendo este chamado:

NO DIA POSTERIOR À NOSSA DETENÇÃO, CONCENTRAÇÃO EM FRENTE ÀS EMBAIXADAS E CONSULADOS DE ISRAEL, ÀS 19H. (hora local) EM DEFENSA DOS DIREITOS HUMANOS, CONTRA O BLOQUEIO À GAZA, EM APOIO AO POVO PALESTINO E EM SOLIDARIEDADE COM A FLOTILHA DA LIBERDADE”.

Eles estão protegidos pelo direito internacional e agem dentro da mais absoluta legalidade como reconheceu o governo sueco. “ Não nos renderemos fácil ao exército de Israel e resistiremos pacificamente a qualquer intento de abordagem e detenção”, disse um dos coordenadores do Marmara.

O chefe da United Nation's e Obras o Agency (UNRWA ) na Faixa de Gaza, John Ging,expressou seu apoio à Flotilha, exortando o Mundo a enviar "navios para a costa de Gaza. Ele disse que Israel não iria parar esses navios, porque o mar é aberto. "Muitas organizações de direitos humanos foram bem sucedidas em ações semelhantes,provando que romper o cerco a Gaza é possível”, concluiu Ging.

por Beth Monteiro

Fonte: culturaypaz - Crônicas desde Gaza e Jerusalém Post

A PALESTINA É O NOSSO DESTINO



Estes navios estão levando a bordo a consciência comum dos povos do mundo

E a nossa carga é de ajuda humanitária . Nossa Flotilha consiste em nove navios, transportando 750 passageiros no total, incluindo deputados, membros da imprensa, vários artistas, intelectuais, escritores, representantes de ONGs, ativistas, mulheres e crianças e 15 mil toneladas de carga de ajuda humanitária. Por outro lado, milhões de pessoas em todo o mundo têm apoiado a flotilha em seus próprios países.

Estes navios estão levando a bordo a consciência comum dos povos do mundo, orações e desejos, em todas as línguas, playgrounds para crianças, suprimentos médicos para os feridos e doentes, materiais para a reconstrução de escolas e dos lares de milhares de pessoas atualmente vivendo em tendas ou em ruínas. A carga dos navios foi aprovado por organizações internacionais, os navios não estão certamente levando nada mais que ajuda humanitária.

Israel afirma que está ajudando Gaza. Sabemos que Israel só permite que peças de roupas vendidas por negociantes de Israel e deu permissões nominal para algumas pessoas doentes e feridos serem tratadas fora de Gaza. No entanto, as necessidades básicas dos palestinos são completamente diferentes, tanto em termos de qualidade e quantidade. Esse fato tem sido abertamente declarado em inúmeros relatórios de organizações internacionais.

A carga de auxílio destes navios incluem as unidades de energia para a manutenção do acesso à água potável, materiais para a reconstrução de casas, parques infantis como forma de reabilitação psicossocial para as crianças de Gaza, ferramentas e equipamentos para restabelecer o sistema de esgotos tragadas de Gaza que agora ameaça a saúde pública ... etc

Israel afirma que está permitindo que todas as ONGs levem ajuda humanitária para Gaza. É comprovado por documentos que isso é uma mentira. Além disso, o requerimento que foi apresentado pelo IHH não recebeu nenhuma resposta. Esse fato é reafirmado aqui com base em documentos oficiais. Por outro lado, a UNRWA tem declarado que a carga de ajuda transportada pela flotilha é muito importante para Gaza e muito necessária para o povo da Palestina, declarando que espero que esta flotilha legítima e necessária, não fique sujeita à obstruções ilegal de Israel.

Enquanto isso, altos funcionários israelenses têm feito declarações estranhamente intensas através das quais pode-se sentir o estado de pânico que estão atualmente em relação à flotilha. Eles estão espalhando várias exigências, a fim de criar deliberadamente um ambiente estressante. Eles alegam que a frota tem uma agenda política que seu objetivo é político e que por isso vão atacar os navios, prender os passageiros etc ... Estas declarações visam intimidar, para prevenir e dissuadir os participantes da flotilha.

Israel novamente tende a parar as tentativas de quebrar o embargo que é um castigo coletivo ao povo da Palestina na Faixa de Gaza de uma forma completamente ilegal em termos internacionais. No entanto, Israel ainda não superou a vergonha causada pela detenção dos ativistas da flotilha anterior.

O atual governo israelense está se isolando ao declarar a todos como seus inimigos. Na verdade, está isolando o povo judeu, ao fazer isso. Ele transformou Gaza em um campo de prisioneiros e vem realizando um genocídio. Este comportamento e seus atos genocidas muito se assemelham a atos de Hitler.

É uma missão importante para todos os judeus, especialmente os judeus da Turquia que vivem em Israel. Estamos chamando todos eles e a todas as pessoas de Israel para defender a justiça. Gostaríamos de alertar que o povo judeu, que vive em Israel, ficará totalmente isolado do resto do mundo, graças a essas políticas israelenses. Porque Israel travou uma guerra contra a paz e a humanidade. Logo, eles podem enfrentar grandes dificuldades e embargos por isso.

As declarações e as atitudes dos funcionários israelenses devem ser vistas como uma atitude contra a paz. Enquanto o povo de Israel permanecer em silêncio, estarão, na prática, apoiando essas políticas invasivas e desumanas que são totalmente contra as leis internacionais. Esta atitude inflamou debates sérios entre os setores público israelenses. A coisa mais sensata que Israel pode fazer é permitir que esses navios cheguem em Gaza.

É importante sublinhar que esta frota tem apenas uma agenda humanitária e que reuniu o apoio de pessoas em todo o mundo. Essa frota é a voz da consciência comum de toda a humanidade. Sua legitimidade vem das leis internacionais e da consciência de toda a humanidade. É, obviamente, e indiscutivelmente um ato legítimo. As pessoas do mundo estão agora a tomar uma posição contra a ocupação, os ataques e o embargo realizado por Israel, que são mais perigosos que as armas nucleares para a humanidade e as gerações futuras.

As pessoas agora estão fazendo ouvir as suas vozes e forçando seus governos a importar-se com os oprimidos e os pobres, para a paz mundial e para o seu futuro. Esta campanha foi totalmente organizado por ONGs e estas são todas organizações independentes. Elas só dependem da bondade das pessoas.

Israel afirma que esta é uma campanha para apoiar o Hamas. Precisamos deixar claro que nenhuma dessas organizações são destinatárias da presente campanha, seja o Hamas, OLP ou quaisquer outras organizações de esquerda. Nosso único destinatário é o povo da Palestina.

Este embargo é um crime contra a humanidade e uma coisa vergonhosa. Isso vem acontecendo em nossas vidas. Nós somos os responsáveis pelas futuras gerações como as testemunhas do embargo desumano e vamos efetuar todas os esforços humanitários para cumprir essa responsabilidade. Acreditamos que há espaço suficiente para todos neste mundo e todos nós podemos viver juntos em paz.

Mensagem do “Viva Palestina” Reino Unido

'FLOTILHA DA LIBERDADE" SE APROXIMA DAS ÁGUAS TERRITORIAIS DE GAZA


Neste comboio marítimo, que chega em Gaza nesta quinta-feira (27), estão ativistas de cinqüenta diferentes países dispostos a romper o cerco de Gaza na maior ação direta de caráter internacionalista desde a guerra do Vietnam.

Quarta -feira (26) foi um dia intenso para os ativistas da Flotilha da Liberdade , cheio de emoções e surpresas. Pela manhã houve uma coletiva de imprensa com a presença de uma deputada do Knesset (Parlamento Israelense) que acompanha os ativistas . Ela contou que desde que decidiu apoiar a iniciativa, tem recebido uma série de ameaças de morte e de que sua participação poderia provocar um exílio forçado por antipatriotismo , algo incoerente num país que diz ser a ‘única democracia do Oriente Médio’. Mas as perseguições que tem sofrido não a afastou de sua decisão de participar da Flotilha.

Hilarión Capucci, arcebispo de Jerusalém, que também acompanha a viagem, foi muito aplaudido quando reclamou Jerusalém como a capital da Palestina. Desde sua própria experiência de tantos anos sofrendo em sua própria pele a repressão por sua postura pró-palestina e sua avançada idade, sua presença na Flotilha é algo admirável e digna de uma menção especial. O arcebispo Capucci , que tem noventa anos e lidera o navio Mavi Marmara, disse: “ Está claro que a consciência não se perde, há que se viver a vida, atuar conseqüentemente e comprometer-se. Isso é o que estamos vivendo com as pessoas que nos rodeiam.Vida, compromisso e determinação.”

Na flotilha estão também 16 deputados de 09 países , 60 jornalistas de quatro continentes, artistas , centenas de ativistas dos direitos humanos, médicos, professores, crianças e palestinos que vêem na Flotilha da Liberdade uma oportunidade de regressar a sua Terra.

Fonte: culturaypaz

quarta-feira, 26 de maio de 2010

FLOTILHA DA LIBERDADE RECEBE APOIO DO VATICANO




Depois de uma longa viagem de cerca de 1000km durante a noite, parte dos ativistas da Flotilha da Liberdade chegaram em Antalya na Turquia na manhã de terça-feira (25),onde foram homenageados em um estádio esportivo decorado com bandeiras palestinas e faixas de boas-vindas. Em Estambul, houve uma carreata que percorreu várias ruas da cidade ao som de trombetas e agitação de bandeiras palestinas. A campanha da Flotilha da Liberdade foi amplamente divulgada na Turquia através da TV, dos jornais , cartazes etc., despertando uma grande simpatia popular, num país onde a causa palestina tem enorme importância.

Os ativistas da Flotilha da Liberdade estão conectados com os meios de Comunicação de seus respectivos países, e alguns jornalistas já estão fazendo contatos para saber notícias e para dar informações privilegiadas. Esse apoio tem permitido que eles saibam, por exemplo, que , talvez, o governo egípcio participe de sua detenção nas águas de Gaza. Essas informações foram confirmadas pelos jornalistas de Jerusalém que indicam que os navios da flotilha serão abordados e todos os ocupantes poderão ser seqüestrados em mais um ato de pirataria de Israel. Se essas previsões se confirmarem e a Comunidade Internacional não impedir, a integridade física do grupo estará em risco.

Os 750 ativistas estão distribuídos em diferentes barcos, onde estão também parlamentares, jornalistas,artistas, escritores, sindicalistas, estudantes, idosos e crianças . Até o Vaticano enviou um importante representante, o bispo Hilarión Capucci que, na segunda -feira (24), sentado junto ao Sheik Salah, mostrava seu apoio à iniciativa, publicamente.

Nos últimos dias, tem se intensificado na região um estado de alerta no Líbano e na Síria, principalmente devido as manobras militares em grande escala que está sendo realizada por Israel ao norte da Palestina Histórica.Esta situação de pré-guerra está preocupando os ativistas da Flotilha da Liberdade porque acreditam que Israel pode usar a flotilha como desculpa para, em sua paranóia belicista, atacar novamente Gaza para impor o recuo do comboio, criando uma situação insustentável.

A espera para embarcar está longa demais. Um novo problema surgiu nos barcos que estão vindo da Grécia tem paralisado o grupo em Antalya (Turquia ). Desde esta longa espera, eles aproveitam para ler os comentários enviados por manifestantes. São adesões vindas de toda a Europa e América Latina.

A Flotilha da Liberdade deve chegar nas águas territoriais de Gaza nesta quinta-feira- 27 de maio

Beth Monteiro
Fonte : culturaypaz

terça-feira, 25 de maio de 2010

LIVRO REVELA QUE ISRAEL FORNECEU ARMAS NUCLEARES PARA O REGIME DO APARTHEID DA ÁFRICA DO SUL



O lançamento do Livro “The Unspoken Alliance", escrito por Sasha Polakow-Suransky, pode ser considerado uma verdadeira bomba, cujos estilhaços atingirão seriamente a imagem dos E.U.A. e de Israel. Ao revelar, com provas irrefutáveis, que Israel negociou a venda de Armas Nucleares para o regime do Apartheid da África do Sul, nos anos 1970, justamente num momento em que Washington desencadeia uma campanha agressiva para aumentar as sanções contra o Irã devido ao seu programa nuclear, as revelações de Suranski , no mínimo, causarão sérios embaraços para as ambições imperialistas norte-americanas.

Sasha Polakow-Suransk demonstra, em sua obra, que o estado sionista vendeu essas armas a um regime pária que tinha desferido vários ataques militares contra seus vizinhos, enquanto travava incessante opressão e violência do Estado racista contra a sua própria população de maioria negra.

Entre as provas da expansão nuclear de Israel,o autor publicou um pedido formal do regime de apartheid sul-africano de fornecimento de mísseis nucleares equipados e as atas das reuniões realizadas em 1975, em que o então ministro da defesa israelita (agora presidente de Israel), Shimon Peres, negociou com o seu homólogo sul-africano, a PW Botha,os termos de tal venda. Essas atas, que estão assinadas por Peres, inclui suas declarações indicando que Israel estava preparado para vender para Pretoria seus mísseis Jericó e as ogivas de "três dimensões", ou seja convencional, biológica e nuclear.

Em seu livro, Suransk, escreve que Israel continuou a servir como suporte para o regime do apartheid e que colaborou intimamente em programas de armas nucleares, testes de mísseis Jericó, na África do Sul, fornecendo material de armas nucleares e, aparentemente, a realizou pelo menos um teste comum de uma arma nuclear em 1979, no Oceano Índico, em flagrante violação dos tratados internacionais.

Segundo o autor, Israel tentou, sem sucesso, pressionar o atual governo da África do Sul para que desclassificasse os documentos que tinham sido declarados como segredo entre Tel Aviv e Pretória.O governo israelense e seus apoiadores se esforçaram para evitar, durante décadas, para que ninguém chamasse atenção para as semelhanças óbvias entre as condições impostas aos palestinos vivendo sob ocupação na Cisjordânia e Gaza e o sistema de apartheid da África do Sul como anti-semita. Mas o livro demonstra o que muitos já perceberam:as semelhanças evidentes entre os dois regimes e sua mútua colaboração.

No livro há também uma mensagem diplomática enviada pelo atual presidente de Israel, Shimon Peres, à Pretória depois de uma visita secreta à capital sul-africana, em 1974, onde ele propõe uma aliança entre os dois regime, dizendo que "esta relação é baseada não só em interesses comuns e na determinação de resistir a nossos inimigos, mas também sobre os fundamentos inabaláveis de nosso ódio comum à injustiça...”

Que ódio comum à "injustiça" era esse que Israel compartilhava com o regime de supremacia branca na África do Sul? Este país era governado, na época do apartheid, pelo simpatizante nazista, BJ Vorster que congratulou-se, durante sua visita a Jerusalém em 1976, que havia sido preso na II Guerra Mundial porque apoiou Hitler. Tudo isso deixa claro que houve intensa colaboração entre os dois países e troca de experiências sobre a violência praticada contra os palestinos e a maioria negra.

Falando para uma platéia em Tel Aviv University, o ex-chefe do exército israelense , Rafael Eitan, advertiu que os negros sul-africanos "querem ganhar o controle sobre a maioria branca como os árabes aqui querem ganhar o controle sobre nós. E nós, também, como a minoria branca na África do Sul, devemos agir para impedi-los. "

Em 1986, um técnico na instalação nuclear israelense, Mordechai Vanunu, vazou para a Sunday Times de Londres informações detalhadas e fotografias de operações secretas de Dimona, confirmando que Israel tinha acumulado um considerável arsenal nuclear. Vanunu foi,posteriormente, seqüestrado pela polícia secreta do Mossad, julgado em segredo e condenado a 18 anos de prisão, ficando por uma década, em confinamento solitário.

Após a publicação dos documentos de Polakow-Suransky, no jornal inglês “The Guardian”, foi noticiado em Israel que Vanunu tinha sido novamente preso , acusado de violação às regras de sua condicional. "Que vergonha Israel ... me colocar na prisão após 24 anos por eu ter dito a verdade ", disse Vanunu após sair do tribunal , no domingo passado (23/05)

As provas documentais publicadas no livro de Suransky, não apenas confirmam que Israel acumulou em segredo, com a proteção Washington, armas nucleares, mas também que negociou essas armas com um regime criminoso.

O fato de Israel, o país mais perigoso daterra, possuir armas nucleares e implementar sua proliferação,ignorando as leis internacionais,significa que a Humanidade está em risco.

Beth Monteiro

Fontes: resumo do livro " A Aliança Secreta de Israel com o Apartheid da África do Sul", de Sasha Polakow-Suransky por Bill Van Auken