Em 19 de março de
2003, os Estados Unidos e aliados, sem autorização da ONU, atacaram o Iraque para,
alegadamente, combater um tirano perigoso que tinha posse de armas de destruição em massa. O que
se revelou uma grande farsa.
Após a captura de Saddam Hussein, em ad-Dawr, perto de sua cidade natal Tikrit, em 5 de
novembro de 2006, ele foi condenado à
morte por enforcamento. Em 30 de dezembro de 2006, foi executado.
A partir deste fato “histórico” , captura e execução do ditador, supostamente
odiado pela população de todas as classes sociais, os problemas do Iraque, como falta de
liberdade, prisões arbitrárias, assassinatos seletivos, desemprego, revolta
popular etc deveriam ter sido sanados. Não foi o que
aconteceu.
Dez anos se passaram desde o enforcamento do ditador, e o Iraque está mergulhado no caos e na
violência em níveis muito superiores do que na época da ditadura. A culpa seria
dos ditadores eleitos, Al Maliki e Haider
al-Abadi? Ou seria do caos instalado de
forma maquiavelicamente planejada com vistas à divisão do pais para facilitar o
saque de suas riquezas petrolíferas, já
que é o segundo maior produtor de petróleo da OPEP?
Nenhum ditador merece simpatia e perdão. Tiranos e democratas burgueses sempre procuram tirar
proveito de uma situação, por mais trágica que seja. Por isto, é óbvio que,
tanto os “democraticamente” eleitos como
Al-Malike e Haider al-Abadi (Iraque), Al-Sissi
(Egito) e Al-Assad (Síria), como os
que continuam a se impor pela força das
armas como Omar al-Bashir, do Sudão, vão sempre justificar seus atos de
agressão como legítima defesa frente ao terrorismo e que não têm culpa se
atingem civis.
O mundo está em marcha acelerada para a barbárie capitalista com o aumento inédito da violência, da intolerância,
do total desrespeito à vida pela imposição da fome, pelo terror generalizado
financiado pelas nações poderosas contra povos indefesos.
O mundo está
sendo destruído, não por pequenos ditadores
cruéis, mas por “democratas” como Barack
Obama, Ângela Merkel, David Cameron, Netanyahu, François Hollande, Stephen
Joseph Harper, Benjamin "Bibi" Netanyahu.
O que podem estes ditadores mesquinhos contra esta coalizão e fusão do
capital financeiro com os mais poderosos exércitos do mundo? E se recebem
alguma ajuda do Irã ou da Rússia, esta é
tão limitada a seus próprios interesses de negócios com as grandes nações ,que
de fato mandam no mundo, que não é
suficiente para reverter a atual guerra aberta e proxy no Oriente Médio. O máximo que conseguem é
manter um sangrento empate técnico graças ao sangue dos povos destes países atacados, que
continua a jorrar tanto como as
torneiras do petróleo.
Quem são mesmo, os principais inimigos da Humanidade?
Beth Monteiro