sexta-feira, 10 de abril de 2009

PALESTINA:MARTÍRIO DE UM POVO




A mostra “Palestina: martírio de um povo”, promovida pelo Comitê Viva Palestina de Niterói com apoio do Sintuff –Sindicato dos Trabalhadores da UFF , SEPE-Niterói e Sindicato dos Eletricitários de Niterói, curadoria do artista plástico Hilário Silva Neto, inaugurada no dia 30 de março de 2009 no Salão Nobre da Câmara Municipal de Niterói, foi prestigiada por autoridades, parlamentares , vários artistas plásticos, representantes da da OLP.
A inauguração da mostra mobilizou cerca de duzentos simpatizantes da causa palestina de Niterói, Rio de Janeiro, Maricá e Engenheiro Paulo de Frontin. Numa rápida visita à mostra, os prefeitos de Niterói , Jorge Roberto Silveira e de Nova Iguaçu, Lindberg Farias, elogiaram a iniciativa. Entre os presentes, representantes da esquerda palestina, Jadallo Safa da FPLP e Nabill Kallil da FDLP e do Mopat – Movimento Palestina para Todos.
O vereador Renatinho do Psol de Niterói, apoiador de primeira hora do projeto, falou aos convidados enfatizando que o papel da Câmara dos Vereadores é estar sempre ao lado do povo, dos injustiçados e dos oprimidos , a exemplo de seu mandato, à serviço das lutas dos niteroienses, dos brasileiros e de todos os estejam sendo oprimido, injustiçado e massacrado em qualquer parte do mundo.



Ao agradecer o apoio dos artistas, o empenho dos organizadores e apoiadores da mostra, o representante da Frente Democrática para Libertação da Palestina – FDLP -, Nabil Khalill, disse que estava muito comovido com a demonstração de solidariedade dos brasileiros a seu povo e que a atividade que estava sendo realizada deixava claro que a Palestina não está só em sua luta por justiça e liberdade.

O curador da mostra, Hilário Silva Neto, disse que a realização da mostra foi o resultado de um esforço conjunto do seu Atelier “ Arte Livre” , seus alunos e convidados. “ Enquanto a curadoria mobilizava os artistas, o Comitê Viva a Palestina-Niterói, preparava a infra-estrutura do evento. “ disse o curador que acredita que “..o povo brasileiro é solidário com o sofrimento alheio e quando toma conhecimento de uma tragédia humana de tamanha proporção se comove e se dispõe a dar sua contribuição para minimizar o sofrimento das vítimas.”
A mostra teve ainda exposição de fotos e exibição de pequenos documentários sobre o massacre que Israel promoveu sobre Gaza, emocionando e arrancando lágrimas do público.



As realizadoras do evento relataram os motivos que as levaram a encarar o desafio de organizar dezenas de artistas plásticos em torno da causa Palestina. “Nossa inspiração, disse Beatrice Miller, veio das declarações de Picasso sobre o sua mais famosa tela,: “ Guernica” quando ele disse que “...o artista é ao mesmo tempo um ser político, sempre alerta aos acontecimentos tristes, alegres, violentos, aos quais reage de todas as maneiras.
Beth Monteiro, coordenadora do Comitê Viva Palestina – Niterói,, enfatizou que “Gaza é a Guernica de hoje, ainda mais sangrenta e trágica porque a tecnologia da morte se modernizou e que a tarefa de eternizar todo esse horror para que a humanidade jamais o esqueça está, agora, nas mãos dos artistas desta geração.
A data escolhida para a inauguração da mostra, 30 de março, lembra o “Dia da Terra” em referência a histórica resistência ocorrida em 1976 quando os vários palestinos da Galiléia (território ocupado em 1948) manifestaram contra a invasão e ocupação de suas terras pelo Estado em Israel, contextualizada para a grave situação da população de Gaza depois dos bombardeios de Israel, seu martírio durante a agressão e os sessenta anos de seu exílio dentro e fora de seu país.



A mostra “ Palestina:martírio de um povo”, será apresentada no ICHF- Instituto de Ciência Humanas e Filosóficas da UFF – Gragoatá, a partir do mês de maio. Embora estivesse programada para iniciar em 09 de abril, a atividade precisou ser adiada em virtude de problemas operacionais como adaptação do espaço da Galeria de Arte do ICHF para as peculiaridades da exposição.

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