quarta-feira, 2 de setembro de 2015

DESTRUINDO “DEMOCRATICAMENTE” O MUNDO


Em 19 de março de 2003, os Estados Unidos e aliados,  sem autorização da  ONU, atacaram o Iraque para, alegadamente, combater um tirano perigoso que tinha  posse de armas de destruição em massa. O que se revelou uma grande farsa.

Após a captura de Saddam Hussein,  em ad-Dawr, perto de sua cidade natal Tikrit,  em  5 de novembro de 2006, ele  foi condenado à morte por enforcamento. Em 30 de dezembro de 2006, foi executado.

A partir deste fato “histórico” ,  captura e execução do ditador, supostamente odiado pela população de todas as classes sociais,  os problemas do Iraque, como falta de liberdade, prisões arbitrárias, assassinatos seletivos, desemprego, revolta popular etc   deveriam ter sido sanados. Não foi o que aconteceu. 

Dez anos se passaram desde o enforcamento do ditador, e  o Iraque está mergulhado no caos e na violência em níveis muito superiores do que na época da ditadura. A culpa seria dos ditadores eleitos, Al Maliki  e  Haider al-Abadi? Ou seria do caos instalado  de forma maquiavelicamente planejada com vistas à divisão do pais para facilitar o saque de  suas riquezas petrolíferas, já que é o segundo maior produtor de petróleo da OPEP?

Nenhum ditador merece simpatia e perdão. Tiranos e  democratas burgueses sempre procuram tirar proveito de uma situação, por mais trágica que seja. Por isto, é óbvio que, tanto  os “democraticamente” eleitos como Al-Malike e Haider al-Abadi  (Iraque), Al-Sissi (Egito) e  Al-Assad (Síria), como os que  continuam a se impor pela força das armas como Omar al-Bashir, do Sudão, vão sempre justificar seus atos de agressão como legítima defesa frente ao terrorismo e que não têm culpa se atingem civis.

O mundo está em marcha acelerada para a barbárie  capitalista com  o aumento inédito da violência, da intolerância, do total desrespeito à vida pela imposição da fome, pelo  terror  generalizado  financiado pelas nações poderosas contra povos indefesos. 

O mundo está sendo destruído, não por  pequenos ditadores cruéis, mas por “democratas” como  Barack Obama, Ângela Merkel, David Cameron, Netanyahu, François Hollande, Stephen Joseph Harper, Benjamin "Bibi" Netanyahu.

O que podem estes ditadores  mesquinhos contra esta coalizão e fusão do capital financeiro com os mais poderosos exércitos do mundo? E se recebem alguma ajuda  do Irã ou da Rússia, esta é tão limitada a seus próprios interesses de negócios com as grandes nações ,que de fato mandam no mundo, que não  é suficiente para reverter a  atual  guerra aberta e proxy  no Oriente Médio. O máximo que conseguem é manter um sangrento empate técnico graças ao sangue  dos povos destes países atacados, que continua a jorrar  tanto como as torneiras do petróleo.

Quem são mesmo, os principais inimigos da Humanidade?

Beth Monteiro


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