Muitos chamam
de românticos saudosistas àqueles que remetem ao passado para tirar lições, no presente, para o futuro. Mas não se trata de uma tentativa sonhadora de conservar o passado, mas de resgatar a
esperança passada porque, hoje, o
passado está sendo sistematicamente
destruído.
É esta a tarefa hercúlea dos que usurparam as
bandeiras da esquerda revolucionária marxista, mesmo quando , em momentos de
grande turbulência, corram atrás destes símbolos, que os
ajudaram a encontrar seu lugar ao sol e que tentaram enterrar para sempre, numa
tentativa patética de salvar-se, demonstrando para seus senhores, a quem prestam
vassalagem, que ainda têm alguma serventia, que ainda podem destruir a memória
revolucionária dos povos para tranquilizar os donos do poder.
Não. Não
podem mais continuar cumprindo sua
tarefa contrarrevolucionária porque nesta fase de crise aguda da dominação totalitária do capital financeiro, a pseudocultura, que alimentaram tão habilmente,
reapareceu com seus charlatães provincianos da política para encenar a
última ratio no resgate do
sistema capitalista delirante, aproveitando-se
do espíritos em desalento gestado e alimentado pela indústria cultural apodrecida que tantos farsantes defendem.
A burguesia se
utiliza das Frentes Populares a
contragosto, quando não vê outra saída, assim como se utiliza do fascismo
também a contragosto porque sabem que no limite de ambas estará colocada a
possibilidade de uma revolução popular.
Foto: obra de Vladimir
Kush, pintor russo surrealista.
*“ULTIMA RATIO REGUM” - expressão em latim que significa a ultima razão dos reis
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