O grupo financeiro belgo-francês, Dexia, anunciou que deixará de financiar os colonatos israelitas nos territórios palestinos ocupados. Este é o resultado de um mês de campanha, na Bélgica, apoiada por uma Plataforma de Ação composta por organizações não-governamentais, partidos políticos, autoridades locais, sindicatos e outras entidades. A gerência do Dexia afirmou que o financiamento aos colonatos israelitas são, de fato, contra o código de ética dos bancos e por isso, vai parar de dar créditos para esta atividade.
Uma campanha denunciando os financiamentos ilegais teve um rápido crescimento na Bélgica. Unidos sob o slogan "Israel coloniza, Dexia financia", a campanha alcançou os seus primeiros sucessos. Nos meses seguintes, petições foram sendo lançados, deputados foram interrogadas e ações locais foram lançadas. Significativo foi o apoio das autoridades locais belgas, como municípios e províncias, que detêm uma vasta quantidade de ações em Dexia Group.
Durante vários meses, o governo belga instou a gestão do Dexia a não responder às demandas da Plataforma de Ação. No entanto, como a campanha passou a receber ampla cobertura midiática, a pressão sobre o banco cresceu e algo mudou. Em 13 de Maio, os ativistas da campanha conseguiram ter direito a voz na reunião anual de acionistas do Grupo Dexia em Bruxelas. Em resposta, Jean-Luc Dehaene, presidente do conselho da Dexia e antigo primeiro-ministro belga, admitiu que o banco tinha , de fato, feito empréstimos às colônias israelenses.
De acordo com Mário Franssen, porta-voz da Plataforma de Ação, a campanha continuará até que o Dexia comprove e declare oficialmente uma paralisação total dos financiamentos às colônias israelenses em territórios da Palestina ocupada, incluindo os empréstimos controvertidos a Jerusalém. Franssen explica que a Plataforma de Ação ainda não está satisfeita, mas que essas concessões do Dexia já é um bom começo. "Ainda estamos exigindo uma parada imediata e integral de todas as conexões entre Dexia e as colônias. Dexia é culpado pelo financiamento da ocupação, e isso tem de acabar", acrescentou Franssen
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