
O que o primeiro ministro israelita, Benjamin Netanyahu , disse em seu discurso no domingo(14/06) no Bar Ilan University, não acrescentou nada de novo em relação a tão propalada negociação de paz patrocinada pelo presidente dos E.U., Barack Obama. Bibi convidou a Autoridade Palestina e fez um grande jogo de cena para dizer que sim, aceita a criação de dois Estados e ainda insinuou, no início do discurso, que iria respeitar as leis internacionais sobre essa questão para logo em seguida desmentir tudo o que afirmou.
Para Netanyahu, o futuro Estado Palestino tem que ser desmilitarizado. Essa exigência viola toda a lei internacional que permite que os estados tenham direito à autodefesa. Sobre o retorno dos quatro milhões de refugiados a seus lares, Bibi foi taxativo:não aceitará o direito ao retorno garantido pela legislação internacional. Ele também não aceita paralisar os assentamentos judaicos em terras palestinas e quer continuar a expansão através do crescimento natural das colônias o que significa usurpar continuamente o que restou de terras para os palestinos e ainda quer Jerusalém como capital indivisível de Israel com a pretensão de deslocar os palestinos que ainda vivem na cidade. Uma declaração que viola acordos e definições assinados pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. E finalmente, sobre os 11 mil presos políticos palestinos, o premier israelense não disse uma palavra sequer.
Se Bibi armou o circo pretendendo que suas encenações tivessem alguma receptividade, se deu mal. Ninguém deve ter achado a menor graça nessas absurdas exigências de um político que ,no final das contas, pretende apenas dizer com outras palavras que não aceita a criação do Estado Palestino e que se dá ao luxo de ignorar as leis internacionais, exibindo publicamente a segurança de quem está respaldado pelo governo dos Estados Unidos.
NOTÍCIAS PREOCUPANTES
Enquanto isso, notícias preocupantes chegam de Israel e dos territórios palestinos ocupados. O diário hebraico Yediot Ahronot revelou quarta-feira (10/06) que o Ministro da Guerra sionista, Ehud Barak, durante uma visita a uma base militar no Negev, disse para os soldados das forças de ocupação que haveria uma invasão militar mais profunda , e em grande escala contra Gaza.
por Beth Monteiro
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