terça-feira, 20 de outubro de 2009

PROTESTOS CALAM EX-PRIMEIRO MINISTRO DE ISRAEL



A notícia dos protestos de estudantes da Universidade de Chicago contra a presença do ex-primeiro ministro de Israel, Ehurd Olmet, que foi dar uma palestra na Universidade Harris School of Public Policy , de Chicago, em 15 de outubro de 2009, está correndo o mundo. Apesar da proibição, a palestra do ex-premier israelense foi filmada com câmeras ocultas. Em apenas três dias, o vídeo foi visto por mais de cem mil pessoas no You Tube.
Além disso, a rede de Tv Al-Jazeera transmitiu para dezenas de milhões de famílias em língua árabe em todo o mundo, usando um clipe de imagens exclusivas do site Intifada Eletrônica. O evento foi amplamente coberto , tornando- se a notícia principal em Israel, incluindo websites Haaretz e Yediot Ahronot que mostraram o vídeo e a notícia em seus sites em hebraico e Inglês. O Canal 2 de Israel e a Rádio do Exército de Israel também transmitiram a notícia, citando o IE como a fonte.


Ehud Olmert foi obrigado a ouvir o nome de todas as crianças palestinas assassinadas no último bombardeio em Gaza

O jornal Chicago Tribune informou que 12 policiais observaram os manifestantes nas proximidades da Universidade, agitando bandeiras palestinas e cartazes condenando Olmert por seu papel em dois infames ataques militares contra o Líbano em 2006 e em Gaza, em 2008-9, que deixou milhares de mortos. "Eu não me importo de ouvir o que eles têm a dizer, mas se tudo o que eles têm a dizer é que nós somos pessoas más, eu me recuso a ouvir isso," disse o ex-premier israelense.


Pelo menos 25 estudantes foram retirados do auditório, onde o antigo primeiro-ministro falava, sendo que um foi preso. A Universidade de Chicago defendeu o seu convite em razão da liberdade de expressão, dizendo que o campus já recebeu conferencistas de diversas opiniões. Havia em torno de 50 pessoas no salão e cada uma fez um discurso, interrompendo Olmert, antes de serem expulsas por seguranças. Do lado de fora, cerca de 200 pessoas protestavam indignadas porque que um homem que cometeu crimes de guerra na Palestina e no Líbano, que matou mais de 3.000 pessoas durante o seu mandato, estava sendo homenageado.


Durante sua palestra, Olmet foi interrompido com a leitura dos nomes das crianças mortas em Gaza durante os bombardeios 2008/09 o que efetivamente impediu o seu discurso. Visivelmente constrangido, o ex-premier israelense disse publicamente, ao sair, que os israelenses devem sair da Cisjordânia e voltar para os limites da Linha Verde. Pena que não disse , nem fez isso, enquanto foi primeiro-ministro de Israel.
Postado por Beth Monteiro
Fonte Intifada Eletrônica
Jornal Haaretz

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