A saída para a crise no Brasil está muito além do lenga-lenga da direita e da esquerda neoliberal capitaneada pelo PT
e PCdoB: ajuste fiscal , reforma da
Previdência, privatizações e concessões
. Os que tanto reclamam de ser vítima de
um golpe, simplesmente não dizem é que ajustes ficais e contrarreformas
neoliberais são incompatíveis com a democracia
e representa um golpe contra os trabalhadores, aposentados e parte da classe
média. Não é por acaso que estes farsantes, que
brigam entre si na disputa das
benesses do aparato do Estado, fazem verdadeiros malabarismos verbais, usando
uma retórica de quinta categoria, ameaçando
com bicho papão do golpe, ou com o boi da cara preta da inflação, para
amedrontar um público cada vez mais
manipulado, tanto pela “exquerda”, como pela direita.
Por conseguinte, já não se coloca a questão de que mudanças
são necessárias para melhorar a vida da
maioria dos brasileiros. Em vez disso, TODOS os que estão nesta disputa insana
só falam em arrocho, mais ajustes, mais austeridade, mais cortes de gastos. Tudo
isto não passa de eufemismos para dizer
não dizendo que, dentro dos limites autoimpostos
por covardia ou medo de perder seus gordos financiamentos, a população deve ter paciência porque é
preciso fazer o bolo crescer para depois repartir, ou seja, por falta de caráter, estão imitando os
ditadores de triste memória.
Não dizem que estamos presos na gaiola do rentismo, do
capital financeiros, dos altos juros
para remunerar especuladores, da Dívida
Pública ilegal e fraudulenta . Neste
marco, essas manobras parlamentares com vistas a um impeachment e mesmo a saída
eleitoralista estão destinadas à
irrelevância
.
Um bom exemplo para corroborar isto é ver como o
Henrique Meirelles, ex-deputado do PSDB, ex-presidente do Bank of Boston, ex-presidente
do Banco Central no governo Lula, é
disputado tanto por Lula quanto por Michel Temer para compor seus eventuais futuros governos ou mesmo o governo
Dilma, se o processo de impeachment não
for adiante. E o que Meirelles, o “salvador da pátria” diz a todos eles: “ é
preciso tomar medidas amargas”. Para quem cara pálida? Para os banqueiros e especuladores
é que não são.
por Beth Monteiro
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